"Cancelámos o evento para amanhã, sexta-feira, 21 de março. Tivemos provavelmente a parte mais forte desta tempestade em termos de vento durante a noite, com muita destruição na área de Peniche", disse em comunicado Renato Hickel, comissário da Liga Mundial de Surf (WSL).

O Meo Rip Curl Pro Portugal começou no sábado e a ação prolongou-se nos três dias seguintes, porém, o agravamento das condições atmosféricas e da agitação marítima ditaram a suspensão da competição na quarta-feira e hoje, numa decisão agora estendida também para sexta-feira.

"Amanhã [sexta-feira] à tarde vamos fazer a chamada para sábado. Queremos esperar até à atualização da previsão de amanhã [sexta-feira] da Surfline, porque os ventos estão a mudar a cada 12 horas, surgindo por vezes ventos 'offshore' [terra-mar], e outras vezes ventos 'onshore' [mar-terra]. A boa notícia é que domingo mantém-se como um dia realmente bom para terminar o evento, com boa ondulação, de boa direção, e com ventos 'offshore' todo o dia", lançou o responsável.

Este cenário já tinha sido antecipado na quarta-feira à Lusa por Miguel Fortes, 'surf advisor' [consultor de surf] da WSL, ao prever que domingo é o dia que vai oferecer melhores condições para a competição em Supertubos.

"Já estávamos a contar com a tempestade, por isso, avançámos bastante durante os primeiros dias do campeonato. Isso colocou-nos numa boa posição para acabar a prova quando estiverem as melhores condições em Supertubos. A esta distância a previsão está boa, com o vento a rodar para norte no sábado e, no domingo, com certeza vai haver prova", avançou o especialista português.

Quando o campeonato for retomado faltam disputar os oitavos de final do quadro masculino e as 'meias' da competição feminina, que já não contam com os convidados portugueses Frederico Morais e Yolanda Hopkins, entretanto eliminados.

O período de espera da prova de elite em Portugal, terceira etapa do circuito mundial, estende-se até 25 de março, com a competição a decorrer na Praia de Supertubos, em Peniche.