O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, esteve presente nas cerimónias fúnebres de Aurélio Pereira. O chefe de Estado elogiou o papel do antigo coordenador da formação do Sporting na promoção do Desporto português.
"Olheiros há muitos. Ele era mais do que um olheiro, era um educador, era um formador, era uma pessoa que pegava em miúdos de 12, 13, 14, 15, 16, 17 anos, quando eles estão indefinidos, não é a mesma coisa que terem mais 2, 3, 4 anos… Percebia-os. Atuava quase como um segundo ou terceiro paizinho deles. Intuía-os, tinha uma intuição, tinha uma capacidade de entendimento e fazia da vida deles uma vida completamente diferente. Isto aconteceu com dezenas", começou por dizer Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas.
"Alguns dos mais ilustres, um deles o mais ilustre e outros muito ilustres, que serviram a seleção nacional e que tiveram projeção cá dentro e lá fora. E fazia isso com uma paixão, com uma naturalidade… com uma paixão que não era apenas pelo futebol, criava uma vida completamente diferente para eles", prosseguiu o Presidente da República.
Marcelo Rebelo de Sousa destacou ainda o legado deixado por Aurélio Pereira.
"O legado é no clube que era o clube dele, e por isso aqui está tanta gente desse clube, no futebol português todo, porque aquilo que ele fez, depois, tem presente em todos os clubes, mais importantes, menos importantes, mudando de um lado para o outro, e no estrangeiro. E este legado é de um homem simples, de um homem humilde, de um homem que vivia cada dia dedicado àquela paixão e que criou uma felicidade para muita gente na sua juventude, na sua afirmação como pessoas, e prestigiou Portugal", vincou.
"Foi um pai desportivo mas não foi para um, foi para dezenas e dezenas e dezenas de jogadores. E mudou a vida deles naquele momento em que ela teria sido completamente diversa se ele não tivesse aparecido. Ele apareceu, fez isso e depois desapareceu. Tinha essa coisa. Não se punha em picos de pés. Era um homem excecional", finalizou.
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