O Estado pretende, pode ler-se na proposta do Orçamento para 2014, “proceder à conversão em capital de créditos” de empresas públicas “perante o Tesouro”, através de “amortizações de empréstimos estimadas até final de 2013 e o valor inscrito para 2014”.
Em causa, conta hoje o Diário Económico, está a conversão de empréstimos da Direcção Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) contraídos pela Estradas de Portugal, Metro de Lisboa e Refer, que no final do primeiro trimestre acumulavam 14.428 milhões de euros de dívida conjunta, em capital.
Significa isto que, o que o Governo pretende fazer é perdoar cerca de 1.830 milhões de euros à Estradas de Portugal, Metro de Lisboa e Refer, empresas de que é accionista, ou seja, parte de dívida contraída com o Tesouro e, em simultâneo, transformá-la em capital próprio das empresas.
Com esta medida, prevista no OE2014, o Estado espera contribuir para o reequilíbrio financeiras das empresas públicas de transporte e iniciar um processo de saneamento financeiro nas mesmas, conforme apurou o Diário Económico.