Segundo o banco central angolano, a moeda de Angola, depois de atingir a 12 deste mês um pico de 359,237 kwanzas/euro, foi-se apreciando ao longo da semana passada, tendo-se situado na quarta-feira nos 357,687 kwanzas/euro, regressando à trajetória de depreciação na quinta e sexta-feira.
Há um ano, face ao pico da crise económica que o país então vivia, as autoridades angolanas começaram a vender aos bancos comerciais as divisas em leilão, primeiro trissemanais e atualmente diárias, com a moeda angolana a transacionar-se, então, a 185,40 kwanzas/euro. Desde essa altura, o kwanza depreciou-se 48,498%.
Em relação ao dólar, a moeda angolana, que se tem mantido relativamente estável nos últimos três meses, variando entre os 311 e os 315 kwanzas/dólar (mínimo atingido em novembro de 2018), abriu e fechou sexta-feira nos 313,819 kwanzas.
Tendo em conta o dia em que começaram as vendas de divisas em leilão à banca comercial em Angola, a 09 de janeiro de 2018, quando se transacionava a 165,92 kwanzas/dólar, a moeda angolana depreciou-se 47,128% desde então.
No mercado paralelo, o euro está a transacionar-se entre os 450 e 470 kwanzas, enquanto o dólar se troca entre os 390 e 410 kwanzas.
Sexta-feira, o Banco Naciional de Angola (BNA) adiantou que vai colocar este mês no mercado 700 milhões de dólares (610 milhões de euros) através de leilões de preço (venda de divisas) e de quantidade (plafonds para cartas de crédito).
Num comunicado, o banco central angolano adianta que a venda em leilão manterá a frequência diária e destina-se a todas as finalidades, incluindo liquidação de cartas de crédito, atendimento às casas de cambio e operadoras de remessas.
Em janeiro, o BNA anunciou inicialmente que iria disponibilizar ao longo do mês idêntico, 700 milhões de dólares, mas, segundo os dados disponibilizados pelo banco central angolano, contabilizados pela Lusa, o valor atingiu 896 milhões de dólares (780 milhões de euros).
Sexta-feira, primeiro dia de fevereiro, o BNA disponibilizou 25 milhões de dólares (21,8 milhões de euros).
