Grupos privados estarão a preparar-se para suspender acordo com ADSE
A José de Mello Saúde e a Luz Saúde poderão suspender as convenções com o subsistema de saúde da função pública, reporta o semanário Expresso.
© Global Imagens
Economia Carreira
A José de Mello Saúde e a Luz Saúde, dois dos maiores grupos privados no setor da saúde em Portugal, estarão a preparar-se para suspender a convenção com a ADSE.
Esta é uma informação avançada pelo Expresso, que adianta que as alterações poderão tornar-se efetivas já no próximo mês de abril.
Segundo explica o semanário, citando fontes do setor, os utentes que tenham tratamentos já marcados ainda verão estes serem faturados ao abrigo das regras atuais. No entanto, a partir de abril, os utentes terão de pagar a 100% as consultas ou cirurgias e pedir posteriormente o reembolso à ADSE.
Saliente-se que poderão estar em curso mais novidades no setor da saúde.
Já esta semana, o Público dera conta de que os Hospitais CUF, do grupo José de Mello Saúde, tinham igualmente avançado para a suspensão da convenção estabelecida com o Instituto de Acção Social das Forças Armadas (IASFA) para a prestação de cuidados de saúde aos beneficiários da Assistência na Doença aos Militares (ADM). Em causa está um subsistema que abrangia tanto militares no ativo como militares na reserva, bem como familiares diretos.
O Grupo Hospitalar Particular do Algarve e o Grupo Trofa Saúde deverão tomar medidas semelhantes, destaca também o Expresso, que realça ainda que, a contribuir para esta tomada de posição no setor estará a exigência, feita no final de 2018, por parte da ADSE, da devolução de 38 milhões de euros de despesas que terão sido faturadas a mais pelos privados.
Há um ano, o Jornal de Negócios dava conta que mais de 50% dos valores faturados à ADSE provinham de cinco grupos, precisamente Luz Saúde, José de Mello, Lusíadas, Trofa e ainda a Fundação Champalimaud.
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