O crescimento do produto interno bruto (PIB) foi de 2,1% no conjunto do ano passado, de acordo com a estimativa rápida divulgada, esta quinta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE). Esta taxa é mais baixa do que a registada no ano anterior, em resultado de um contributo mais negativo da procura externa líquida, por causa das exportações, e de um contributo menos intenso da procura interna.
"Em 2018, o PIB aumentou 2,1% em volume, menos 0,7 pontos percentuais que o observado no ano anterior. Esta evolução resultou do contributo mais negativo da procura externa líquida, verificando-se uma desaceleração das exportações de bens e serviços mais acentuada que a das importações de bens e serviços, e do contributo positivo menos intenso da procura interna, refletindo o crescimento menos acentuado do investimento", pode ler-se no relatório do INE.
Ainda assim, o crescimento fica em linha com o que era previsto pelos economistas sondados pela agência Lusa antecipavam que a economia tivesse crescido 2,1%, abaixo dos 2,3% previstos pelo Governo.
Na reta final do ano passado, ou seja, no quatro trimestre, a economia portuguesa registou um crescimento de 1,7%, "refletindo uma diminuição em volume das exportações de bens", adianta a agência de estatísticas. No terceiro trimestre de 2018, recorde-se, a economia portuguesa cresceu 2,1%, em termos homólogos, e 0,3%, face ao segundo trimestre.
As previsões do Governo, sublinhe-se, apontavam para uma expansão de 2,3% do PIB no conjunto de 2018, sendo assim mais otimistas do que as da Comissão Europeia, de 2,1%, e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI), ambas de 2,2%.
As previsões mais otimistas entre os economistas sondados pela Lusa eram do Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa (ISEG), que esperavam um crescimento de 2,0% do PIB nos últimos três meses de 2018 em termos homólogos, e uma expansão de 0,7% face ao trimestre anterior, "prosseguindo a tendência de desaceleração moderada no crescimento homólogo da economia", como indicou António Ascensão Costa, professor da instituição.
[Notícia atualizada com mais informação às 09h44]