O AIF, que se reunirá em Joanesburgo na sua segunda sessão, é uma plataforma multidisciplinar do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), que vai analisar a aprovação de um total de 60 novos projetos.
Segundo a imprensa angolana de hoje, a apresentação foi feita sexta-feira num encontro promovido pelo BAD, em parceria com o ministério da Economia e Planeamento angolano e a Agência de Investimento e Promoção das Exportações (AIPEX) de Angola, que reuniu empresários nacionais e estrangeiros.
Em 2018, o Africa Investiment Forum, que juntou representantes de 53 países, incluindo Angola, aprovou um pacote e colocou em negociações 38.700 milhões de dólares, (33,6 mil milhões de euros), com a aprovação de 49 projetos em várias áreas.
Nessa primeira edição, Angola esteve presente com 29 participantes e teve três aprovados no valor global de 488 milhões de dólares (425 milhões de euros).
Em relação à edição de 2019, segundo o diretor Nacional para Economia, Competitividade e Inovação angolano, Marcelino Pinto, espera-se o fomento do setor privado na plataforma de financiamento do AIF que, através do BAD, envolverá outras instituições financeiras internacionais, como fundos soberanos e de pensões, que procuram reduzir e partilhar riscos para alavancar o investimento.
"Angola quer alavancar o setor privado e trazê-los [os fundos] para uma contribuição maior no PIB não petrolífero, no quadro do que são os objetivos e prioridades do Governo no quinquénio 2018/2022", referiu o responsável.
Para Marcelo Pinto, a plataforma de financiamento é vantajosa para os empresários nacionais, uma vez que dispõem de taxas muito apelativas, com juros na ordem dos 4% para uma maturidade de 15 anos.
As empresas angolanas, acrescentou, dispõem de tempo e espaço suficiente para que o país possa ultrapassar o montante obtido em 2018.
Segundo o representante do BAD, Joseph Ribeiro, presente no encontro, o valor mínimo inicial para cada projeto é de 30 milhões de dólares (26 milhões de euros) e o máximo de 500 milhões de dólares (435 milhões de euros).
Nesta edição, disse, o BAD dá prioridade a Angola e África do Sul, "por serem as economias mais robustas na região que podem alcançar bons resultados no AIF".
"Angola tem robustez e condições para obter muito mais do que foi o resultado do ano passado", considerou Joseph Ribeiro, sublinhando a necessidade de uma maior organização das empresas, visto ser uma das condições preliminares para se ter acesso à plataforma de financiamento.
Joseph Ribeiro esclareceu que a intenção é incluir todas as áreas, sendo prioritários os setores da Agricultura, Infraestruturas, Energia e Transporte.
As propostas podem ser enviadas até ao final deste mês pelos empresários interessados, aderindo ao site www.africainvestmentforum.com.
O período de abril a novembro servirá para avaliação e interação com os potenciais promotores de projetos, por forma a chegarem ao AIF preparados para fechar negócios.
O investimento necessário em infraestruturas para o desenvolvimento de África continua a aumentar, estando estimado pelo BAD num valor entre 130 a 170 mil milhões de dólares (entre 113 e 148 mil milhões de euros) anuais.