African Investment apresenta critérios de acesso a fundos de 47 milhões

O Africa Investiment Forum (AIF) apresentou em Luanda os critérios de elegibilidade para as empresas angolanas terem acesso aos 55.000 milhões de dólares (47.800 milhões de euros) que estarão em negociação em novembro na África do Sul.

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Lusa
13/04/2019 11:15 ‧ 13/04/2019 por Lusa

Economia

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O AIF, que se reunirá em Joanesburgo na sua segunda sessão, é uma plataforma multidisciplinar do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), que vai analisar a aprovação de um total de 60 novos projetos.

Segundo a imprensa angolana de hoje, a apresentação foi feita sexta-feira num encontro promovido pelo BAD, em parceria com o ministério da Economia e Planeamento angolano e a Agência de Investimento e Promoção das Exportações (AIPEX) de Angola, que reuniu empresários nacionais e estrangeiros.

Em 2018, o Africa Investiment Forum, que juntou representantes de 53 países, incluindo Angola, aprovou um pacote e colocou em negociações 38.700 milhões de dólares, (33,6 mil milhões de euros), com a aprovação de 49 projetos em várias áreas.

Nessa primeira edição, Angola esteve presente com 29 participantes e teve três aprovados no valor global de 488 milhões de dólares (425 milhões de euros).

Em relação à edição de 2019, segundo o diretor Nacional para Economia, Competitividade e Inovação angolano, Marcelino Pinto, espera-se o fomento do setor privado na plataforma de financiamento do AIF que, através do BAD, envolverá outras instituições financeiras internacionais, como fundos soberanos e de pensões, que procuram reduzir e partilhar riscos para alavancar o investimento.

"Angola quer alavancar o setor privado e trazê-los [os fundos] para uma contribuição maior no PIB não petrolífero, no quadro do que são os objetivos e prioridades do Governo no quinquénio 2018/2022", referiu o responsável.

Para Marcelo Pinto, a plataforma de financiamento é vantajosa para os empresários nacionais, uma vez que dispõem de taxas muito apelativas, com juros na ordem dos 4% para uma maturidade de 15 anos.

As empresas angolanas, acrescentou, dispõem de tempo e espaço suficiente para que o país possa ultrapassar o montante obtido em 2018.

Segundo o representante do BAD, Joseph Ribeiro, presente no encontro, o valor mínimo inicial para cada projeto é de 30 milhões de dólares (26 milhões de euros) e o máximo de 500 milhões de dólares (435 milhões de euros).

Nesta edição, disse, o BAD dá prioridade a Angola e África do Sul, "por serem as economias mais robustas na região que podem alcançar bons resultados no AIF".

"Angola tem robustez e condições para obter muito mais do que foi o resultado do ano passado", considerou Joseph Ribeiro, sublinhando a necessidade de uma maior organização das empresas, visto ser uma das condições preliminares para se ter acesso à plataforma de financiamento.

Joseph Ribeiro esclareceu que a intenção é incluir todas as áreas, sendo prioritários os setores da Agricultura, Infraestruturas, Energia e Transporte.

As propostas podem ser enviadas até ao final deste mês pelos empresários interessados, aderindo ao site www.africainvestmentforum.com.

O período de abril a novembro servirá para avaliação e interação com os potenciais promotores de projetos, por forma a chegarem ao AIF preparados para fechar negócios.

O investimento necessário em infraestruturas para o desenvolvimento de África continua a aumentar, estando estimado pelo BAD num valor entre 130 a 170 mil milhões de dólares (entre 113 e 148 mil milhões de euros) anuais.

 

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