A despesa corrente em saúde aumentou no ano passado para 5,1%, totalizando 18.345,1 milhões de euros. Este valor compara com a taxa de 3,6% registada em 2017, de acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE).
"Em 2018, a despesa corrente em saúde acelerou, passando de um aumento nominal de 3,6% em 2017 para 5,1%. O crescimento da despesa corrente em 2018 foi superior à variação nominal do PIB (3,6%)", pode ler-se no relatório do INE.
Trata-se do crescimento mais elevado da despesa corrente em saúde desde 2008, segundo a Conta Satélite da Saúde do INE.
Estes dados, sublinhe-se, dizem respeito à Conta Satélite da Saúde (CSS) para o período de 2016-2018. Os dados são finais para 2016, provisórios para 2017 e preliminares para 2018.
"Os resultados preliminares para 2018 apontam para uma continuação do aumento do financiamento dos principais agentes financiadores públicos e privados, com exceção dos subsistemas de saúde públicos (redução em 0,1%)", refere a agência de estatísticas.
Os dados de 2017 revelam também que a despesa dos hospitais públicos e dos prestadores públicos de cuidados de saúde em ambulatório cresceu 4,1%, "impulsionada pelo aumento do consumo intermédio de produtos farmacêuticos e de material de consumo clínico e dos custos com o pessoal (influenciados, entre outros motivos, pelo aumento do número de trabalhadores)".
Também nesse ano registou-se um "ligeiro abrandamento da despesa das famílias", que é explicado pelo decréscimo da despesa em hospitais públicos (-5,6%), em farmácias (-0,9%) e em prestadores públicos de cuidados de saúde em ambulatório (-0,4%).