Falta de combustível condiciona recolha de resíduos em Faro

A falta de combustível devido à greve dos motoristas vai condicionar a recolha de resíduos em Faro, divulgou a empresa de gestão de águas e resíduos do concelho, que ativou um plano de contingência.

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Lusa
10/08/2019 11:17 ‧ 10/08/2019 por Lusa

Economia

Motoristas

"A falta de combustíveis vai necessariamente condicionar a prestação de diversos serviços públicos essenciais, com predominância para a recolha de resíduos", refere a Fagar, numa nota publicada no seu sítio de Internet.

De acordo com a empresa, "não sendo possível prever uma data para o término da anunciada greve", foi ativado um plano de "reorganização dos circuitos e respetivas rotas", para minimizar o consumo de combustível e garantir "o serviço pelo maior tempo possível, assegurando também, pelo maior período de tempo, as condições mínimas de higiene pública".

A empresa municipal aproveitou para apelar "à responsabilidade e ao civismo de todos os munícipes" para que reduzam, se possível, a produção de resíduos mas que, sobretudo, "racionem tanto quanto possível o seu depósito nos contentores, evitando a sua normal deposição diária".

Com este apelo, a Fagar pretende "evitar a acumulação de resíduos na via pública que, conjugada com as elevadas temperaturas previsíveis nesta época, pode em alguns pontos comprometer a higiene e a saúde públicas.

Os sindicatos de motoristas que entregaram um pré-aviso de greve, com início na segunda-feira, reúnem-se hoje em vários plenários com os seus associados, para discutir "assuntos importantes do mundo laboral".

O advogado do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), Pedro Pardal Henriques, disse na quinta-feira que os plenários de trabalhadores de hoje são a "última oportunidade" para a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) apresentar uma proposta que cancele a greve dos motoristas.

Os plenários começam logo pela manhã e prolongam-se ao longo de todo o dia.

O Sindicato Independente de Motoristas de Mercadorias (SIMM) começa por realizar um plenário apenas para os seus associados que começou às 09:30, em Leiria.

Já em conjunto com o SNMMP, decorrem mais duas reuniões: uma às 16:00, em Aveiras de Cima, e outra às 17:00, em Olhão.

O Governo decretou na quarta-feira serviços mínimos entre 50% e 100% para a greve dos motoristas de mercadorias que se inicia na próxima segunda-feira, por tempo indeterminado.

Os sindicatos grevistas decidiram, então, impugnar o despacho dos serviços mínimos, entregando providências cautelares no Tribunal Administrativo de Lisboa.

Os representantes dos motoristas pretendem um acordo para aumentos graduais no salário-base até 2022: 700 euros em janeiro de 2020, 800 euros em janeiro de 2021 e 900 euros em janeiro de 2022, o que, com os prémios suplementares que estão indexados ao salário-base, daria 1.400 euros em janeiro de 2020, 1.550 euros em janeiro de 2021 e 1.715 euros em janeiro de 2022.

Também se associou à greve o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte (STRUN).

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