Em declarações à comunicação social, o ministro adiantou que o Governo "acompanhou todo o processo" negocial e se disponibilizou para "ajudar no que lhe compete".
As declarações de Pedro Nuno Santos foram feitas depois de a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) e a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) terem assinado um acordo relativo ao contrato coletivo de trabalho no Ministério das Infraestruturas e da Habitação, em Lisboa.
O ministro revelou que o Governo vai coordenar um trabalho com vista à dignificação da profissão e que até ao final do mês vai ser publicada uma portaria sobre circulação de camiões-cisternas aos sábados.
Pedro Nuno Santos expressou a sua "grande satisfação" por ver que "é possível ter vitórias concretas sem ter de partir para uma greve", desejando ainda que "este exemplo seja seguido pelos sindicatos que estão em greve" e que o executivo "continua a trabalhar para conseguir que a greve seja cancelada pela negociação".
Neste sentido, o ministro insistiu em que "o tempo da greve acabou" e que as partes se devem "sentar e negociar", garantindo ser desejo do Governo que a greve dos motoristas de matérias perigosas e de mercadorias "termine o mais depressa possível".
Depois de acentuar que este "é um conflito entre privados" e que "o Governo fez tudo para que as partes se encontrassem e negociassem", Pedro Nuno Santos disse ainda que o executivo "tomou todas as medidas para que os impactos sejam os menores possíveis na vida dos portugueses" e que pretende "garantir boas condições de trabalho e boas condições de competitividade das empresas".
A Antram recusou hoje o desafio do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) para uma reunião na quinta-feira, alegando que não pode negociar com "a espada na cabeça".
O porta-voz do SNMMP, Pedro Pardal Henriques, tinha desafiado mais cedo a Antram para uma reunião na quinta-feira.