Desde as primeiras horas do dia que os trabalhadores "cumprem os serviços mínimos", após a imposição da requisição civil do Governo, apesar do "sentimento de revolta".
"Estamos em greve na mesma, mas hoje é um dia particularmente difícil, porque deveríamos estar com as nossas famílias e, devido à requisição civil, temos de trabalhar obrigados e isto deixa um sentimento de revolta entre os colegas", disse Carlos Bonito à agência Lusa.
O dirigente confirmou que, na quarta-feira, os motoristas "cumpriram o horário normal", entre "8 a 9 horas", tal como nos dias anteriores, desde que foi imposta a requisição civil e que o cenário "vai ser idêntico hoje e amanhã [sexta-feira]".
"Ontem [quarta-feira], saíram todos os camiões que estavam previstos, só da Galp à volta de uns 20 e os restantes das outras empresas que não consigo especificar, porque também estou a cumprir o meu horário", explicou.
Esta quinta-feira, os primeiros camiões "começaram a sair por volta das 07:00 e a esta hora [cerca das 12:00] já saíram todas as viaturas. Algumas já devem estar a regressar para seguir o turno da tarde", especificou.
"Estamos a transportar gasóleo e gasolina para abastecer os postos REPA", adiantou.
Numa reação ao acordo firmado ontem entre a Fectrans e a Antram, Carlos Bonito reconheceu que "tira um pouco o ânimo aos motoristas", mas "não será motivo para baixar os braços".
"Em 20 anos, a Fectrans nunca fez nada por nós. O ano passado, quando foi criado o nosso sindicato, foram fazer um novo acordo à pressa e o que fizeram foi mal feito, daí termos iniciado esta luta", afirmou.