A greve dos motoristas de matérias perigosas vai manter-se, com o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) a ser o único em protesto. A decisão foi anunciada, esta sexta-feira, pelo presidente da entidade sindical, depois de o sindicato de mercadorias ter abandonado a paralisação, no final de quinta-feira.
"Vamos continuar a greve, até que se chegue aqui a uma conclusão. Vamos continuar a aguardar pela mediação", disse o presidente do Sindicato Nacional de Mercadorias de Matérias Perigosas (SNMMP), Francisco São Bento, em declarações aos jornalistas, em Aveiras de Cima. "Não se deixem vergar, estamos aqui duros como o aço", rematou.
"Ainda não conseguimos perceber o porquê desta retirada do SIMM", adiantou ainda o sindicalista, justificando que os motoristas vão "continuar a lutar pelos pressupostos", apontou, nem que seja "por um mês, sete meses, um ano, o que for necessário".
Porém, não deixa de apelar à mediação do Governo para que prossigam as negociações: "O sindicato continua empenhado em manter as pontes, ainda ontem se provou isso quando fomos à DGERT [Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho]". Por isso, "compete ao Governo trazer a ANTRAM para a mesa", apontou ainda.
A greve dos motoristas de matérias perigosas avança, esta sexta-feira, para o quinto dia consecutivo. De recordar que uma das condições da entidade que representa as empresas transportadoras, a ANTRAM, para negociar era o levantamento do pré-aviso de greve, algo que não se efetivou esta manhã.
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