O défice orçamental ficou em 0,8% no primeiro semestre deste ano - em contabilidade nacional, aquela que interessa a Bruxelas -, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE), esta segunda-feira. No mesmo período do ano anterior o défice tinha sido de 2,2%.
"No conjunto do primeiro semestre de 2019, o saldo das Administrações Públicas totalizou -789,3 milhões de euros, correspondente a -0,8% do PIB (-2,2% em igual periodo de 2018)", pode ler-se no relatório do INE.
A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) estimou, a 17 de setembro, que o défice orçamental, em contabilidade nacional, tenha atingido 0,8% do PIB no primeiro semestre, devido à recapitalização do Novo Banco, mas sem colocar em causa a meta definida pelo Governo para o conjunto do ano, de 0,2%.
Também o INE destaca a despesa relacionada com a injeção no Novo Banco, concluída em maio deste ano. "A outra despesa de capital aumentou 9,5%, refletindo a transferência de capital efetuada pelo Fundo de Resolução para Novo Banco, mais elevada em 2019 que em 2018", pode ler-se no relatório da agência de estatísticas enviado, esta segunda-feira, a Bruxelas.
Para o conjunto deste ano, o Governo antecipa um défice orçamental de 0,2% do PIB, valor que apresentou no Orçamento do Estado para 2019, que manteve no Programa de Estabilidade 2019-2023 e hoje reiterou no documento entregue ao Eurostat.
O ministro das Finanças agendou uma conferência de imprensa para as 12h30, para reagir aos números divulgados pela agência de estatísticas esta segunda-feira.