Os quase 50 mil trabalhadores em greve nos Estados Unidos começam a receber, a partir de hoje, 250 dólares (cerca de 230 euros) por semana, provenientes dos fundos do UAW, o maior sindicato do setor automóvel.
A paralisação, a primeira em 12 anos e que afeta 33 centros de produção e 22 de distribuição nos Estados Unidos, teve início no passado dia 16, quando expirou o acordo laboral alcançado há quatro anos e cuja renovação estava a ser negociada.
Embora a greve afete apenas fábricas nos Estados Unidos, a paralisação está também a causar problemas nos centros de produção da GM no Canadá e nos EUA, devido à falta de componentes para a montagem de veículos e peças.
Desde o início das negociações que o sindicato tem tentado evitar que a GM encerre as linhas de produção localizadas nos estados de Ohio e Michigan.
A empresa argumenta que é necessário encerrar instalações para responder às mudanças no mercado automóvel e considera o sindicato demasiado exigente quando pede aumentos salariais, melhor cobertura médica e outros benefícios laborais para os cerca de 48 mil trabalhadores.
As negociações ficaram marcadas por alguma polémica depois do presidente da GM, Gary Jones, enfrentar suspeitas de corrupção por alegadamente ter usado dinheiro da organização para se alojar em hotéis de luxo, comprar charutos e jogar golfe.