"Os nossos economistas mantêm a opinião de que o crescimento [económico] abrandou, mas não está perto de uma recessão", afirmou Peter Oppenheimer, responsável do Goldman Sachs pela estratégia global de mercados, citado pela CNBC.
Segundo o mesmo especialista, "assumindo que não há uma recessão, é muito cedo para esperar que o atual mercado acionista 'touro' [com uma longa valorização] termine".
Na semana passada, alguns dados económicos aumentaram os receios de uma recessão nos Estados Unidos.
Os investidores ficaram a saber que houve uma desaceleração acentuada na produção industrial e nos serviços no país, o que condicionou os principais índices norte-americanos.
Em setembro, o índice da associação profissional ISM registou uma queda da atividade industrial nos EUA, para o seu nível mais baixo em 10 anos, e também foi anunciado um abrandamento maior do que previsto no setor dos serviços, para um mínimo de três anos.
"Esta desaceleração na produção industrial tem sido uma das mais longas de que há registo e pode começar a estabilizar, se não a melhorar, em breve", antecipou hoje Peter Oppenheimer.
O Goldman Sachs prevê que o índice Standard & Poor's 500 (S&P 500), um dos principais índices bolsistas norte-americanos, suba 5% até ao final do ano, face ao valor de fecho de sexta-feira.
"O facto de a economia evitar uma recessão deve suportar os ativos arriscados [como é o caso das ações], mas o potencial de ganhos é algo limitado devido às perspetivas de continuação de um crescimento dos lucros [das empresas] relativamente modesto", indicou o mesmo especialista.
