Numa resposta por escrito a questões colocadas pela Lusa, no âmbito do Dia Mundial dos Correios, que hoje se comemora, João Bento considerou que o setor "está a passar por vários desafios" que são encarados pelos CTT "como oportunidades".
Um deles é a alteração do perfil de negócio, com a queda do tráfego de correio tradicional e crescimento do segmento de expresso e encomendas, devido ao comércio eletrónico.
Nesse sentido, os CTT apostam na diversificação do negócio, introduzindo novas soluções de logística e de interação com o cliente.
"Encaramos também como um desafio e oportunidade a consolidação do Banco CTT no mercado nacional, um setor altamente competitivo e desafiante, mas onde temos conseguido assumir uma posição interessante", adiantou.
Além disso, a compra da 321 Crédito "permite-nos reforçar a nossa atividade e sentimos já o impacto positivo desse investimento", disse o gestor, que assumiu a presidência dos CTT em maio último.
"O enquadramento regulatório é outro dos grandes desafios que enfrentamos, mas que estamos a gerir e pretendemos ultrapassar, em diálogo permanente com o regulador", sublinhou João Bento.
"Os novos indicadores de qualidade de serviço são, em número e em nível de exigência, um caso sem paralelo no setor, num mercado onde a queda do tráfego postal é uma realidade irreversível e em que os operadores postais como nós precisam de tempo para se reinventar", apontou.
"O término do contrato de concessão para a prestação do Serviço Postal Universal e as condições em que tal serviços deve ser prestado no atual quadro de desenvolvimento das comunicações, também assumirá um papel muito relevante nas nossas prioridades do próximo ano", concluiu o presidente executivo.
O contrato dos CTT para o serviço postal universal termina em 31 de dezembro de 2020.