Carlos Costa, que chegou hoje a Luanda para participar em várias conferências e assinar um Acordo Geral de Cooperação entre o Banco Nacional de Angola e o Banco de Portugal, foi hoje palestrante na Faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto, numa conferência sobre "O Banco Central Europeu e a Zona Euro.
Segundo o governador do banco central português, o BNA merece "um elogio rasgado pelo que está a fazer para o desenvolvimento da economia angolana", que deverá ser marcado por um sistema bancário sólido, um sistema financeiro robusto e um sistema monetário adequado ao funcionamento da economia.
"Por isso eu só posso incentivar e desejar que os resultados alcançados beneficiem todos os angolanos", referiu.
O responsável do banco central português sublinhou ainda que "se as coisas forem bem feitas, se aquilo que hoje está em curso for bem sucedido, o índice de felicidade dos angolanos seguramente vai aumentar".
Na resposta à pergunta sobre o papel da política monetária, Carlos Costa disse que o papel do banco central é cuidar do sistema de circulação monetária na economia financeira, realçando que há uma divisão de trabalho, sendo sua tarefa a estabilidade de preços e o equilíbrio financeiro.
"Temos que assegurar que a economia real esteja em condições de funcionar. Se uma economia entra em colapso porque há desconfiança na moeda, no sistema financeiro, perda de mecanismo de cedência, da poupança, dos que têm capacidade de financiar para os que têm necessidade, então é um problema do banco central", frisou.
Carlos Costa tem também previsto para quinta-feira um encontro com o ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República, Frederico Cardoso, e com o ministro de Estado e da Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, tendo o regresso marcado para sexta-feira.