O BCE anunciou, após a reunião de política monetária de 24 de outubro, que as taxas de juro permaneciam inalteradas, reafirmando que o programa de compra de dívida iria recomeçar em 01 de novembro, por um período indeterminado, a um ritmo de 20 mil milhões de euros por mês.
A medida foi inicialmente anunciada em 12 de setembro, quando o BCE comunicou que, naquela reunião de política monetária, decidira comprar dívida pública durante o período que fosse necessário "para reforçar o impacto expansivo das suas taxas de juro", o que suscitou as críticas dos presidentes dos bancos centrais da Holanda e da Alemanha.
Hoje é também o dia em que a ex-diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, assume a liderança do BCE, sucedendo a Mario Draghi, que cumpriu oito anos de mandato, e tornando-se a primeira mulher a liderar a instituição.
Mario Draghi marcou o seu mandato como presidente do BCE quando afirmou em julho de 2012, em plena crise da dívida, que faria o que fosse preciso para defender o euro.
A era Draghi no BCE ficou também marcada pelas taxas de juro muito baixas e pela decisão do banco central de lançar, no início de 2015, com a zona euro a enfrentar a ameaça de deflação, um programa alargado de compra de ativos, sobretudo de dívida pública, que contribuiu para estimular a economia e aliviar os juros da dívida nos países do euro, em particular os do sul, com contas públicas mais frágeis.
A primeira ronda do programa de compra de dívida esteve em vigor durante quase três anos e só terminou em dezembro de 2018, tendo o banco central adquirido 2,6 biliões de euros em ativos.