Num comunicado, a SODIAM precisa que participaram no leilão 29 empresas de cinco países, que as empresas vencedoras foram a VENUS JEWELL e a DA TRADING e que a oferta do leilão consistia em cinco lotes, quatro da Sociedade Mineira do Catoca e um da Sociedade Mineira do Cuango.
Em relação aos lotes da mina do Catoca, a SODIAM refere que foram vendidos dois lotes de composição "run-of-mine", com cerca de 127 mil quilates cada um e que um terceiro lote da mesma mina era formado por sete pedras especiais com peso total de 210,66 quilates e um quarto por duas pedras com um peso total de 110,21 quilates.
O lote com origem na mina do Cuango era formado por uma única pedra especial de 183,55 quilates, indica a SODIAM no comunicado.
Segundo a SODIAM, este "segundo leilão de diamantes brutos, que se enquadra nas novas modalidades de comercialização de diamantes brutos, introduzidos pela nova Política de Comercialização de Diamantes e do respetivo Regulamento Técnico, aprovados através dos Decretos Presidenciais nº175/18 e 35/19, seguiu o modelo "Tender", ou seja, leilão por concurso".
Neste processo, as empresas participantes "apresentam as suas licitações, de forma remota, em modelo fechado na plataforma eletrónica 'online' criada para o efeito, modelo que gera maior transparência no processo e que permite obter um maior valor comercial para as pedras disponíveis", acrescenta.
Citado no comunicado, Eugénio Bravo da Rosa, presidente do Conselho de Administração da SODIAM, afirma que "foi concretizado com sucesso mais um leilão de diamantes brutos em Angola, organizado pela SODIAM EP em estreita articulação com o Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos, e as empresas produtoras, leilão este que contribui de forma transparente, moderna e competitiva para a receita fiscal do setor para o Estado angolano e maior reafirmação de Angola como um importante 'player' na indústria diamantífera mundial".
Além de se congratular com os resultados e felicitar as empresas vencedoras, o ministro dos Recursos Minerais e dos Petróleos angolano, Diamantino de Azevedo, sublinha que é "importante continuar a trabalhar para que o setor diamantífero angolano ocupe cada vez mais um lugar de topo do mercado e da indústria internacional dos diamantes", refere o comunicado da SODIAM.
No primeiro leilão, realizado em janeiro deste ano, foi vendido um lote de sete pedras de diamantes brutos que gerou uma receita de cerca de 16,7 milhões de dólares (cerca de 15,1 milhões de euros). Neste leilão de janeiro participaram 31 empresas de oito países.
A SODIAM E.P. é o órgão público responsável por todo o processo de comercialização (compra, venda, importação e exportação) dos diamantes em Angola e acumula esta função com a da aquisição pública de minerais estratégicos à luz da Política de Comercialização de Diamantes.