A Altice Europe anunciou, esta sexta-feira, que a sua subsidiária MEO assinou um acordo com o Morgan Stanley para vender a posição de 49,99% que detém na rede de fibra ótica. A empresa espera encaixar 1,57 mil milhões de euros em 2020 com o negócio.
"Estamos muito satisfeitos que a nossa parceria com a Morgan Stanley Infrastructure Partners", iniciada em 2018, "continue agora com um projeto de fibra transformacional", revela Patrick Drahi, fundador da Altice, em comunicado.
O presidente executivo da Altice Portugal já tinha afirmado, em entrevista à Lusa, que existiam "múltiplos operadores" a manifestarem interesse em usar a rede de fibra da empresa em Portugal e só fará venda da fibra se "for um bom negócio".
"Temos múltiplos operadores a manifestar interesse em usar as nossas infraestruturas em Portugal, o mercado grossista está de facto a ter um 'boom' em Portugal", disse Alexandre Fonseca, quando questionado sobre o dossiê da venda da fibra.
Em 6 de agosto, num encontro com jornalistas, o presidente executivo da Altice Portugal tinha avançado que existiam duas propostas concretas para a compra da fibra ótica da empresa, mas que a operação só se concretizaria se fosse "um bom negócio".
"Tem aparecido mais operadores interessados em comprar, mais fundos de investimento a quererem comprar a fibra e depois tem surgido mais procura do lado dos utilizadores, dos operadores que podem utilizar a infraestrutura", explicou, salientando que o grupo não estava pressionado para vender.
O dossiê estava a ser gerido pela casa-mãe, com o envolvimento ativo do presidente executivo.