Agricultores queixam-se de destruição de estufas em Vila Real
A Associação dos Agricultores e Pastores do Norte (APT) alertou hoje para os "prejuízos avultados" provocados pelo mau tempo em culturas e estufas de muitos agricultores da região que sentiram um "duro golpe" na sua fonte de rendimento.
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Economia Mau tempo
Armando Carvalho, dirigente da organização associada da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) disse à agência Lusa que está a ser feito um levantamento dos estragos causados pela passagem das depressões Elsa e Fabien no distrito de Vila Real.
O responsável adiantou a "destruição de estufas", nomeadamente das estruturas e plásticos, bem como estragos nas hortícolas.
Segundo salientou, os agricultores estão a reportar estragos avultados em localidades como Carlão, Pinhão Cel, Vale de Nogueiras, Andrães, Fonteita ou Constantim, dos concelhos de Vila Real, Sabrosa ou Alijó.
"E só aqui nesta região não contando ainda com outros concelhos como Vila Pouca de Aguiar, Montalegre ou Chaves", salientou.
Armando Carvalho considerou que a "situação é preocupante"
"É uma verba bastante avultada para quem, neste momento, estava a ver a possibilidade de chegar ao final do ano e poder contar com alguma valorização das suas produções", frisou.
A maior parte dos afetados, acrescentou, são jovens agricultores, alguns dos quais "fizeram recentemente projetos para se instalarem".
"Isto é preocupante para estes produtores que estão a apostar fortemente neste tipo de produções e que, de um momento para o outro, veem em perigo todo o seu rendimento e investimento", frisou.
Armando Carvalho reclama, por isso, uma ajuda para os agricultores afetados pelo mau tempo.
"Mesmo que abram candidaturas, como é habitual, se não houver aqui algum tipo de compensação, alguns ficarão com dificuldade financeiras que poderão por em causa a viabilidade destas explorações", sublinhou.
Segundo dados da Autoridade Nacional de Proteção Civil, entre quinta-feira e domingo, contabilizaram-se 626 ocorrências no distrito de Vila Real devido à chuva e vento forte.
Um pouco por todo o distrito houve registo de quedas de árvores e de estruturas temporárias ou móveis, inundações por precipitação intensa e cheias nos rios Douro e Tâmega que galgaram as margens, respetivamente, em Peso da Régua e Pinhão e em Chaves.
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