CAP não fecha a porta à negociação do OE2020 mas deixa aviso

O presidente Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) foi um dos parceiros sociais recebidos, nesta tarde de quinta-feira, por Marcelo Rebelo de Sousa.

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Mafalda Tello Silva
26/12/2019 20:08 ‧ 26/12/2019 por Mafalda Tello Silva

Economia

CAP

Após ter sido recebido pelo Presidente da República, Eduardo Oliveira e Sousa, presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), não quis avançar um pronunciamento definitivo sobre a proposta do Governo para o Orçamento do Estado de 2020 (OE2020). O responsável pela confederação frisou que o OE2020 "ainda não foi aprovado" e que acredita que "negociação é possível". 

No entanto, Oliveira e Sousa garantiu que "se não houver alterações, aquilo que é conhecido [da proposta do OE2020] neste momento é perfeitamente insuficiente". 

Ainda sobre a reunião que decorreu ao final da tarde no Palácio de Belém, o presidente da CAP referiu que a confederação expressou "algumas preocupações" a Marcelo Rebelo de Sousa, tais como, questões relativas aos apoios da Política Agrícola Comum da União Europeia e "ao que se está a passar na região centro do país, em concreto, sobre as fortes inundações do Mondego". 

"[A situação em Coimbra] representa uma necessidade de olharmos para o problema da água como algo que precisa de ser melhor enquadrado numa perspectiva de salvaguardar aquilo que virá  a seguir, muito provavelmente, uma nova seca. As alterações climáticas trazem-nos essa preocupação", sustentou. 

A "questão florestal" foi outro dos temas abordados na reunião com o chefe de Estado, sendo que o Oliveira e Sousa anunciou que a CAP considerou que "as novas implicações que constam no OE são  desajustadas", designadamente, "algumas imposições que recaem sobre os proprietários das zonas florestadas". 

"Mas, essencialmente, falámos sobre o sector Agrícola, sobre o funcionamento do Ministério da Agricultura e sobre a articulação com outros ministérios", apontou.

Oliveira de Sousa concluiu que a análise da CAP centra-se "na falta de incentivos à promoção da economia para poder acomodar, inclusivamente, aquilo que o Governo propõe ou deseja obter por parte das confederações num compromisso de médio-prazo" e que no OE "não estão explanadas medidas que contemplem essa necessidade". 

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