O governante respondia na segunda ronda de questões de deputados, na audição conjunta nas comissões parlamentares de Orçamento e Finanças e de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, no âmbito da apreciação na especialidade do Orçamento do Estado para 2020 (OE2020).
"A entrada no capital não está excluída, mas não está [neste momento] em cima da mesa", afirmou Pedro Nuno Santos, apontando que, neste momento, o objetivo é "preparar a negociação" da renovação do contrato de concessão dos Correios de Portugal.
O atual contrato de concessão dos CTT termina no final deste ano.
"Só há quatro países que têm empresas de correios totalmente privatizadas", recordou, apontando os casos da Holanda, Reino Unido, Malta e Portugal.
"Não excluímos nenhum cenário", reiterou.
"Estamos a falar de uma empresa [CTT] que foi privatizada na sua totalidade, incluindo toda a infraestrutura necessária", acrescentou, "o que deixa o Estado relativamente desprotegido, se excluísse à partida (...) o regresso entrar no capital".
Lembrou ainda que desde que os CTT foram privatizados - em 2014 - reduziram a sua presença no território nacional, com o encerramento de 33 lojas próprias em sede de concelho.
"Vamos partir para um processo de renegociação que quer preservar e garantir algumas questões importantes para nós", onde se inclui "a presença em todo o território nacional", rematou.