"O PS assumiu sozinho a responsabilidade por este Orçamento do Estado, pois foi o único partido que aprovou a proposta do Governo, que não agradou a ninguém, nem à esquerda (que se absteve), nem à direita (que votou contra), disse o sindicalista à agência Lusa.
Carlos Silva lembrou que a UGT teve uma posição muito crítica relativamente à proposta de OE2020 inicial, devido à "falta de propostas mais justas para os trabalhadores", nomeadamente da administração pública.
"A maior crítica da UGT foi exatamente os aumentos salariais de 0,3% definidos para os trabalhadores da administração pública, mas a ministra da tutela disse-nos que a questão não está completamente fechada, resta-nos saber se é assim", afirmou.
O líder da UGT reconheceu, no entanto, que a proposta de OE2020 tem alguns aspetos positivos, mas defendeu que deveria incluir mais benefícios para as famílias.
A Assembleia da República aprovou hoje a proposta de OE2020, em votação final global, apenas com os votos favoráveis dos deputados do PS.
BE, PCP, PAN, PEV e a deputada não inscrita Joacine Katar Moreira (ex-Livre) abstiveram-se, enquanto PSD, CDS-PP e os parlamentares da Iniciativa Liberal e do Chega votaram contra a proposta orçamental do Governo.