STE considera inaceitável proposta de aumento do Governo
A presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) considerou hoje "inaceitável" a proposta Governo de subida de sete euros para os funcionários públicos que ganham até 683 euros, mantendo o aumento de 0,3% para os restantes.
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Economia Função Pública
"Não é uma proposta aceitável", precisou a presidente do STE, Helena Rodrigues, no final de uma reunião, hoje, no Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública, em Lisboa, sublinhando que a Frente Sindical liderada pelo STE vai apresentar uma contraproposta que permita a recuperação do poder de compra dos funcionários públicos.
"Não podemos aceitar que apresentem uma proposta [de aumentos salariais] para 2020 com um valor abaixo da inflação", referiu a dirigente sindical, referindo-se ao facto de o Governo ter decidido manter a atualização de 0,3% para os salários da função pública acima do nível 5 da Tabela Remuneratória Única (TRU) e à proposta de aumento de sete euros para os funcionários que se encontram nos níveis 4 e 5 da TRU -- os dois patamares remuneratórios mais baixos da administração pública.
A Frente Sindical liderada pelo STE foi hoje a primeira estrutura sindical a ser recebida no Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública e, à entrada para a reunião, Helena Rodrigues já se tinha manifestado contra um cenário de aumento apenas para os salários mais baixos, adiantando não aceitar "que continue a haver os mais baixos, aqueles que ganham pouco e os que ganham menos".
"Esperemos que hoje haja algum projeto de aproximação. Que se concretize, se não for num ano, que se concretize em mais de ano, mas que haja finalmente recuperação do poder de compra", referiu, então a dirigente sindical.
No final, Helena Rodrigues afirmou que esta estrutura sindical irá apresentar uma contraproposta, sem revelar o valor que irá reivindicar de aumento salarial para 2020.
Assinalando que a postura do Governo é a de quem "não quer negociar" e que está apenas "a encenar qualquer coisa", afirmou que esta estrutura sindical não irá desistir do processo negocial. Disse ainda ser "cedo" para equacionar um cenário de greve.
Helena Rodrigues afirmou também que ficou marcada uma nova reunião para a próxima segunda-feira, dia 17 de fevereiro.
Seguem-se as reuniões com a Federação dos Sindicatos da Administração Pública (Fesap) e com a Frente Comum.
Nos cadernos reivindicativos para 2020, a Fesap apontou para aumentos salariais de 3,5%, enquanto o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado exigiu uma atualização de 3% e a Frente Comum 90 euros para todos os trabalhadores.
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