Segundo Teotónio Santos, o passe mais caro, que até aqui era de 42,5 euros, passará a ser de cerca de 30 euros.
Aquele passe permite viajar em toda a linha, sem limite de utilizações.
A partir de 21 de fevereiro, já podem ser comprados os passes para março, com o desconto de 30 por cento.
A descida do preço dos passes vai acontecer ao abrigo do Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART), lançado pelo Governo para melhorar a atratividade do transporte público e incentivar a procura.
"Vão ser abrangidos mais de 20 mil utilizadores", disse Teotónio Santos.
O administrador falava no final da reunião da Câmara de Braga, em que o executivo aprovou concessionar, por 10 anos, o serviço público de transporte de passageiros à empresa municipal TUB.
Até 2029, o município vai transferir para a empresa um total de 60,3 milhões de euros.
O vereador da CDU, Carlos Almeida, alertou para o "subfinanciamento" dos TUB (Transportes Urbanos de Braga), defendendo que a comparticipação financeira atribuída pelo município aos TUB deveria ser reforçada em pelo menos 38 milhões de euros.
"Os investimentos previstos ficam aquém das necessidades", referiu Carlos Almeida, alertando, designadamente, para a subida da "idade média" da frota.
De resto, o vereador comunista manifestou "concordância absoluta" com a entrega do serviço aos TUB.
O vereador do PS, Artur Feio, sublinhou a necessidade de haver "mais coordenação" entre a mobilidade urbana e a política urbanística da cidade.
O presidente da Câmara, Ricardo Rio, eleito pela coligação PSD/CDS/PPM, admitiu que "seriam bem úteis mais meios financeiros" para os TUB, mas lembrou que "o orçamento não se estica indefinidamente".
"Não é falta de vontade", referiu, lembrando que a Câmara já decidiu atribuir aos TUB a receita do estacionamento.
Os TUB têm em curso um processo de renovação da frota, que já passou pela aquisição de seis novos autocarros em 2018 e que incluirá mais 32, num investimento de 13 milhões de euros.
Na reunião de hoje, o executivo aprovou ainda a transferência da gestão do "gnration" da Fundação Bracara Augusta para a empresa municipal Theatro Circo.
"Vai permitir partilhar sinergias, partilhar equipas e recursos, pôr em prática projetos conjuntos", disse a administradora executiva do Theatro Circo.
Cláudia Leite acrescentou que todos os trabalhadores da área cultural do gnration serão integrados no Theatro Circo, enquanto os da área social e da juventude continuarão na Fundação.