O secretário-geral da Fesap, José Abraão, mostrou-se insatisfeito com a proposta do Governo, revelando que o Executivo deveria ter dito logo qual a margem de que dispunha para aumentar os salários dos trabalhadores da Função Pública.
"Havia margem para melhorar de sete para 10 euros, [por isso] seria mais sério e mais correto desde logo revelarem o que estava em cima da mesa", disse José Abraão, à saída da reunião com o Governo e em declarações transmitidas pela SIC Notícias.
Questionado sobre se a sua estrutura sindical equaciona uma greve como forma de protesto, José Abraão não se alongou, mas disse que é altura de os sindicatos se "sentarem à mesa e perceber o que pode ser feito", sublinhando, porém, que a "greve tem custos para os trabalhadores".
O Governo e os sindicatos que representam os trabalhadores da Função Pública estiveram reunidos, esta quarta-feira, para discutir os aumentos salariais que vão vigorar este ano. Segundo a Frente Comum, o Governo terá proposto um aumento de 10 euros para as remunerações mais baixas do Estado, mais do que os sete euros anteriormente propostos.
Porém, as férias não 'mexem', o que significa que a opção de as aumentar - que chegou a ser levantada pela Fesap -, terá acabado por cair por terra. "O Governo não mostrou abertura nem para férias, nem para subsídio de alimentação", disse Ana Avoila.