Lucro da Jerónimo Martins sobe 7,9% em 2019 para 433 milhões

O resultado líquido da Jerónimo Martins subiu 7,9% no ano passado, face a 2018, para 433 milhões de euros, anunciou hoje a dona da cadeia de supermercados Pingo Doce.

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Lusa
20/02/2020 19:29 ‧ 20/02/2020 por Lusa

Economia

Jerónimo Martins

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Jerónimo Martins refere que as vendas consolidadas subiram 7,5% para 18.638 milhões de euros, no período em análise.

O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) aumentou 8,9% para 1.045 milhões de euros.

Além de Portugal, a Jerónimo Martins está presente na Polónia e na Colômbia.

Para o presidente e administrador-delegado do grupo, "2019 foi um ano de notável desempenho com todas as companhias a entregarem crescimentos de vendas, resultados e 'cash flow', ao mesmo tempo que reforçaram as suas posições competitivas e implementaram várias projetos de transformação que abrirão o caminho a um novo ciclo de crescimento".

Segundo a Jerónimo Martins, em 2019 "a execução bem sucedida" das estratégias nos três mercados em que opera "somou 1,3 mil milhões de euros às vendas do grupo, com reforço das posições competitivas".

A polaca Biedronka registou um aumento de vendas de 7,9% para 12,6 mil milhões de euros (+8,8% em moeda local), e o crescimento LFL ['like-for-like', ou seja, vendas em lojas que operaram sob as mesmas condições no período em análise] foi de 5,8%.

Biedronka registou, no período em análise, um EBITDA de 918 milhões de euros, mais 7,9% que um ano antes.

A cadeia de saúde e bem-estar polaca Hebe registou uma subida das vendas em 24,9% para 259 milhões de euros (+25,9% em moeda local), "suportadas também pelo arranque encorajador da operação de 'e-commerce'".

"Para a Hebe, 2019 fica marcado como o ano em que a companhia atingiu o 'break-even' ao nível do EBITDA, fruto de um bom desempenho das vendas e do trabalho realizado ao nível do 'mix' de margem", lê-se no comunicado.

Em Portugal, o Pingo Doce registou um aumento de 2,5% das vendas totais, para 3,9 mil milhões de euros.

A cadeia de supermercados atingiu um EBITDA de 200 milhões de euros, mais 6,4% que em 2018.

O Recheio viu as suas vendas atingirem "o marco dos 1.000 milhões de euros, 2,7% acima do ano anterior", enquanto numa base LFL o aumento foi e 3,2%. O EBITDA da grossista avançou 4,6% para 55 milhões de euros.

No mercado colombiano, a Ara aumentou as vendas em moeda local em 37,9%, incluindo "um notável LFL de 17,6%", sendo que em euros as vendas subiram 30,8% para 784 milhões de euros.

"Para a Ara, 2019 confirma a inflexão das perdas geradas ao nível do EBITDA, que atingiram 62 milhões de euros, uma redução de 15% em relação aos 73 milhões de euros registados em 2018 (-10,3% em moeda local)", adianta o grupo.

A Jerónimo Martins destaca que "continuou a apostar na proteção da sua cadeia de abastecimento em Portugal, através do investimento na área agroalimentar, cuja capacidade recentemente instalada - em laticícios, carne e peixe - permitirá aumentar a escala das operações e a sua eficiência futura".

O grupo refere que a média das compras locais, "critério fundamental para uma compra responsável, se manteve acima dos 80% estabelecidos como objetivo, cifrando-se em cerca de 90% em 2019", refere.

Segundo Pedro Soares dos Santos, citado no comunicado, "2019 foi o melhor ano de sempre em termos de resultados" e, "além disso, finalizou o projeto de um novo conceito de loja, a desenvolver em 2020, centrado na clara vantagem competitiva que a companhia tem vindo a consturir na área de 'meal solutions'".

"A Biedronka entregou um forte aumento de vendas e resultados" e a Ara "concretizou uma mudança organizacional estratégica com o objetivo de dotar as várias regiões de maior autonomia, no que constituiu um passo fundamental para o sucesso futuro da operação", adianta o gestor.

"Simultaneamente", refere Pedro Soares dos Santos, a Ara "reduziu as suas perdas, mantendo 2021 como o ano para atingimento do 'break-even' ao nível do EBITDA".

"Cumprimos, pois, o plano a que propusemos em 2019 e fomos também capazes de continuar a progredir nas melhores práticas de sustentabilidade ambiental e social. Temos, por isso, razão para olhar com confiança para este 2020 - em que o Pingo Doce celebra o 40.º aniversário e a Biedronka o 25.º - e acreditar que será mais um ano de crescimento rentável e sustentável dos nossos negócios", rematou.

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