"Neste momento já estamos a falar de cerca de 50%. Isto acelerou muito nos últimos dois ou três dias e também já há alguns cancelamentos para a Páscoa, mas ainda não em número significativo", estimou hoje o presidente da TPNP, Luís Pedro Martins, no final de uma reunião com nove associações dos setores do turismo e da restauração, que decorreu hoje no Porto.
Luís Pedro Martins acredita que vai ser possível vencer a batalha contra a pandemia, alertando que é preciso mitigar a doença com responsabilidade e união da região em articulação com o Turismo de Portugal.
"É preciso estarmos unidos e articulados com o Turismo de Portugal, associações e parceiros públicos como os municípios, para em conjunto encontrarmos as medidas para agirmos em duas frentes: por um lado mitigar o impacto que a Covid-19 está a ter no setor, mas também é importante preparar o 'day after' (dia seguinte), porque ele vai acontecer e estamos crentes de que vamos conseguir vencer esta batalha", declarou.
Questionado pelos jornalistas sobre se já se tinha registado algum caso de clientes na região com teste positivo do novo coronavírus, Luís Pedro Martins respondeu negativamente.
O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 5.300 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde a declarar a doença como pandemia.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde atualizou hoje o número de infetados, que registou o maior aumento num dia (34), ao passar de 78 para 112, dos quais 107 estão internados.
A região Norte continua a ter o maior número de casos confirmados (53), seguida da Grande Lisboa, cujo registo duplicou para 46, enquanto as regiões Centro e do Algarve têm cada uma seis casos confirmados. Além destas há um caso assinalado pela DGS no estrangeiro.
Na quinta-feira, o Governo anunciou que as escolas de todos os graus de ensino vão suspender todas as atividades letivas presenciais a partir de segunda-feira, devido ao surto de Covid-19.
Várias universidades e outras escolas já tinham decidido suspender as atividades letivas.
O Governo decidiu também declarar o estado de alerta em todo o país, colocando os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão.
A restrição de funcionamento de discotecas e similares, a proibição do desembarque de passageiros de navios de cruzeiro, exceto dos residentes em Portugal, a suspensão de visitas a lares em todo o território nacional e o estabelecimento de limitações de frequência nos centros comerciais e supermercados para assegurar possibilidade de manter distância de segurança foram outras das medidas aprovadas.