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Sindicato desaconselha tripulantes da TAP a voar sem material de proteção

 O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) aconselhou hoje os tripulantes de cabine da TAP a não voarem caso não exista a bordo material de proteção que mitigue a propagação de Covid-19.

Sindicato desaconselha tripulantes da TAP a voar sem material de proteção
Notícias ao Minuto

20:30 - 14/03/20 por Lusa

País Covid-19:

Em comunicado, o sindicato refere que solicitou, na sexta-feira "uma vez mais, à TAP Air Portugal que sejam implementadas medidas adicionais que mitiguem a propagação do vírus Covid-19 a bordo dos seus aviões e desta forma a proteção dos tripulantes de cabine".

"Face à incompreensível ausência de resposta por parte da companhia aérea, o SNPVAC recomenda a todos os tripulantes de cabine a utilização de máscaras, sempre que achem necessário, bem como a utilização de luvas durante o voo. Para além disso, caso não exista gel desinfetante a bordo, devem ainda os tripulantes de cabine recusar-se a realizar o voo", acrescenta o SNPVAC.

O sindicato refere ainda que "é intolerável que a empresa TAP Air Portugal, ao abrigo do seu plano de contingência, coloque alguns dos seus trabalhadores em casa, protegendo-os deste vírus, e relativamente aos tripulantes de cabine, que são a linha da frente da empresa, seja profundamente ineficaz e lenta nas suas decisões".

"É lamentável que tenha de partir do sindicato o pedido de implementação de medidas que a própria empresa já devia ter implementado", sublinha a estrutura sindical.

O SNPVAC diz ainda que, se devido a estas medidas, os tripulantes de cabine da TAP Air Portugal forem alvo de algum processo disciplinar ou outro tipo de represálias por parte da companhia aérea, disponibilizará "todos os meios legais para proteção dos seus associados e convocará, assim que possível, uma assembleia-geral para defesa de todos".

O novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 5.700 mortos em todo o mundo.

O número de infetados ultrapassou as 151 mil pessoas, com casos registados em mais de 137 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 169 casos confirmados.

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