"Contactem as respetivas companhias áreas, por telefone ou meios online", avisa a ANA, em comunicado divulgado.
A gestora dos aeroportos nacionais pede ainda aos passageiros com voos cancelados que "não se desloquem" ao aeroporto "a fim de serem evitadas aglomerações de pessoas no terminal".
Já na segunda-feira a ANA tinha pedido que só se deslocassem aos aeroportos nacionais as pessoas que forem efetivamente viajar, para evitar aglomerados, face à situação de pandemia de Covid-19.
"Consciente da necessidade de evitar grandes aglomerados de pessoas nos aeroportos, face à situação de emergência que se vive no país, a ANA está a trabalhar com a PSP [Polícia de Segurança Pública] no sentido de criar um sistema de limitação de acesso que possa ser rapidamente implementado", segundo um comunicado enviado pela gestora dos aeroportos na segunda-feira.
Dentro dos aeroportos, os passageiros vão ser "orientados para circuitos seguros", dizia a ANA, de forma a cumprirem a recomendação da Direção-Geral da Saúde de distanciamento social, para prevenir o contágio pelo novo coronavírus.
Sempre que necessário, a ANA recorrerá ao apoio da PSP, garantia.
Aquelas medidas, acrescentava a ANA, inserem-se num conjunto de outras que já tinham sido implementadas, como o reforço do plano de limpeza das áreas comuns dos aeroportos, a instalação de mais dispensadores de gel desinfetante, a afixação e disponibilização de informação dirigida aos passageiros nas entradas no país e a criação de áreas de contenção, nos aeroportos da rede ANA.
A empresa decidiu ainda implementar o teletrabalho, nos casos em que as funções desempenhadas assim o permitam.
A Direção-Geral da Saúde elevou hoje para 448 o número de infetados pelo novo coronavírus, mais 117 do que os contabilizados na segunda-feira.
Segundo a DGS, há três casos recuperados.
O Governo declarou na sexta-feira o estado de alerta no país, colocando os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão, e suspendeu as atividades letivas presenciais em todas as escolas, impondo restrições em estabelecimentos comerciais e transportes, entre outras.
Os governos regionais da Madeira e dos Açores decidiram impor um período de quarentena a todos os passageiros que aterrarem nos arquipélagos, enquanto o Governo da República desaconselhou as deslocações às ilhas.
Já tinham sido tomadas outras medidas em Portugal para conter a pandemia, como a suspensão das ligações aéreas com a Itália, o país da Europa mais afetado.