Em comunicado, a entidade Área Metropolitana de Lisboa (AML) explica que se trata de "medidas adicionais de contingência nos autocarros", para ajustar a oferta e "assegurar a reserva de motoristas para necessidades futuras do serviço público de transportes".
"Estas medidas terão, no entanto, de contemplar a necessidade de a oferta poder ter de ser ajustada à procura que vier a verificar-se em cada momento, em áreas, horários e serviços específicos, e deverão ainda garantir uma resposta aos horários, iniciais e finais, e respetivos períodos laborais", ressalva a nota.
Assim, a partir de hoje as transportadoras terão de adaptar os seus horários para o período de verão ou, caso este não esteja contemplado, para o de agosto.
"Desta forma, pretende-se garantir a salvaguarda do distanciamento social aconselhável entre passageiros, e entre estes e o pessoal tripulante, nos diversos serviços realizados", refere a nota.
Segundo um anúncio anterior da AML, desde domingo que os passageiros não podem comprar o seu bilhete a bordo no transporte rodoviário, de forma a os motoristas deixarem de ter contacto com dinheiro e operações de pagamento.
A entrada e saída dos utentes passou "a processar-se apenas pelas portas traseiras dos autocarros de serviço urbano e interurbano, deixando as entradas de ocorrer pela porta da frente, junto ao motorista".
Deixaram de ser obrigatórias as validações dos títulos nos autocarros.
A Área Metropolitana de Lisboa revelou ainda ter reforçado o apelo, junto dos operadores, "para que se empreenda um esforço suplementar de oferta que responda à procura que se vier a verificar em cada momento, e em áreas e serviços específicos".
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, já infetou mais de 210 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.750 morreram.
Das pessoas infetadas, mais de 84.000 recuperaram da doença.
Em Portugal, há 785 casos confirmados de infeção e três mortos.
A Assembleia da República aprovou na quarta-feira o decreto de declaração do estado de emergência que lhe foi submetido pelo Presidente da República com o objetivo de combater a pandemia de Covid-19.
O estado de emergência proposto pelo Presidente prolonga-se até às 23:59 de 02 de abril, segundo o decreto publicado quarta-feira em Diário da República, que prevê a possibilidade de confinamento obrigatório compulsivo dos cidadãos em casa e restrições à circulação na via pública, a não ser que tenham justificação.
As medidas que concretizam o estado de emergência serão aprovadas hoje em Conselho de Ministros.