As medidas referentes à SATA foram hoje definidas pelo Governo dos Açores, que agiu enquanto acionista único da empresa, e visam combater a epidemia de Covid-19, que no arquipélago regista três casos positivos (um na Terceira, um em São Jorge e um no Faial).
No que refere à SATA Air Açores, ramo da empresa que opera dentro da região, determinou-se, até 31 de março, o encerrar da operação desde as 18:00 locais de hoje (19:00 em Lisboa), ficando excecionados voos de transporte de carga ou outros de "força maior", devidamente autorizados pela Autoridade de Saúde Regional.
O Governo dos Açores, presidido por Vasco Cordeiro, deu ainda indicações ao conselho de administração da Azores Airlines - ramo da SATA que opera de e para fora dos Açores - para "suspender todas as ligações aéreas do exterior à região", com as mesmas exceções dos voos inter-ilhas.
Contudo, fica ainda em aberto a possibilidade de a empresa voar dos Açores para fora: neste campo, a empresa açoriana anunciou já que iria os seus voos para Toronto, no Canadá, até 14 de abril de 2020, sendo a última rotação no dia 22 deste mês, no domingo.
Casos diferentes sucedem com a TAP e a Ryanair, ambas a operar em São Miguel e na ilha Terceira.
A partir de segunda-feira e até 19 de abril, a empresa portuguesa vai reduzir a sua operação, mas continuará a ter rotações para os Açores: a TAP terá um voo diário de Lisboa para Ponta Delgada (ilha de São Miguel) e três voos semanais de Lisboa para a ilha Terceira.
Já a companhia aérea de baixo custo Ryanair anunciou que a partir da próxima quarta-feira (25 de março) irá suspender todas as viagens na sequência das restrições impostas pelos governos para combater a pandemia de coronavírus, deixando então de fazer as rotas que ligam Lisboa e Porto aos Açores.
As únicas exceções, refere a companhia aérea irlandesa em comunicado enviado na quarta-feira, serão um pequeno número de voos destinados a manter as ligações essenciais, principalmente entre o Reino Unido e a Irlanda.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 220 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.900 morreram.
Das pessoas infetadas, mais de 85.500 recuperaram da doença.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 176 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 785, mais 143 do que na quarta-feira. O número de mortos no país subiu para três.