Economia austríaca em recessão de pelo menos 2,5% em 2020

A economia austríaca deverá entrar em recessão de 2,5% em 2020 caso as medidas de confinamento adotadas para lutar contra a pandemia de covid-19 sejam levantadas no final de abril, segundo uma estimativa do instituto Wifo hoje divulgada.

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Lusa
26/03/2020 11:45 ‧ 26/03/2020 por Lusa

Economia

Covid-19

Destacando a incerteza e a volatilidade das expectativas, o Wifo também prevê um aprofundamento do défice muito além de 3% previsto pelo Tratado de Maastricht, para -5,4% do Produto Interno Bruto (PIB), quando este próspero país da zona do euro tinha previsto até agora como objetivo um excedente orçamental de 0,3%.

"É o cenário mais favorável que podemos antecipar", precisou o responsável do Wifo, Christoph Badelt.

Um outro instituto de referência (IHS) precisa que "uma paralisação de um mês adicional da economia poderia originar uma recessão de cerca de 5% este ano".

Muito dependente das exportações, a Áustria foi um dos primeiros países a fechar as lojas e restaurantes e a controlar drasticamente as fronteiras que partilha com a Itália, um dos países mais atingidos pela covid-19.

Em dezembro, os especialistas do Wifo ainda apontavam para um crescimento de 1,2% du PIB austríaco em 2020 e recusam desde então a fazer qualquer estimativa para 2021, mesmo que esperem uma recuperação do crescimento no outono em caso de normalização até ao verão.

A Áustria registou uma taxa de crescimento de 1,6% em 2019 e tem obtido excedentes orçamentais desde 2018.

O Governo austríaco de coligação entre os conservadores e ecologistas decidiu um plano de ajuda económica de 38 mil milhões de euros neste estado da pandemia.

A Áustria, com uma população de 8,8 milhões de habitantes, prolongou as medidas generalizadas de confinamento até 13 de abril e hoje tinha contabilizados 6.001 casos oficialmente declarados de infetados de Covid-19 e 42 mortos.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou perto de 450 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 20.000.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com cerca de 240.000 infetados, é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 7.503 mortos em 74.386 casos registados até hoje.

 

 

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