Com os portugueses 'obrigados' a adaptar um estilo de vida diferente por causa da pandemia do novo coronavírus, há também um aumento do consumo nas lojas de proximidade, ou seja, nas lojas de pequeno comércio, como as mercearias, por exemplo.
"No pequeno comércio de proximidade, o consumo está a aumentar significativamente", afirmou o Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, no final da sexta reunião do grupo de avaliação do abastecimento de bens alimentares, que se realizou por videoconferência, esta semana, em Lisboa.
"As pessoas estão a procurar as lojas de proximidade, o que tem sido muito importante, e muitas destas estão a fazer distribuição ao domicílio, o que se tem refletido num melhor serviço à comunidade, mas também num aumento do volume de negócios", apontou ainda Siza Vieira.
O Governo reitera que o abastecimento não é um problema: "Os abastecimentos de cereais, de arroz, estão a funcionar de forma bastante segura, e não nos foram manifestadas preocupações" com futuras importações, disse Siza Vieira.
Isto, embora Portugal importe mais bens alimentares do que exporta. Porém, "a produção nacional aumentou significativamente nos últimos anos, as nossas exportações cresceram muito significativamente, e a nossa balança alimentar é muito mais equilibrada hoje do que alguma vez foi", sublinhou.
Governo apela ao consumo de frutas e vegetais
Ainda esta semana, a ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque, apelou a que os portugueses retomem as compras de frutas e legumes frescos, de modo a 'alimentar' a cadeia de abastecimento dos agricultores.
"Apelar a quem está em casa que possa voltar a fazer o consumo de frutas e legumes frescos, nomeadamente os que se comem em cru. São seguros, desde que devidamente higienizados (...) para que possamos continuar a alimentar esta cadeia de abastecimento", disse a ministra, no Mercado Abastecedor da Região de Lisboa (MARL), em declarações aos jornalistas.