Através do portal MercaChefe.pt os particulares podem fazer as encomendas de produtos aos operadores dos mercados abastecedores do grupo SIMAB (detido pela empresa pública Parpública), que assim diversificam o seu negócio, ao abastecerem não só outras empresas mas também diretamente os consumidores finais.
Segundo o presidente do Conselho de Administração do Mercado Abastecedor da Região de Lisboa (MARL), Rui Paulo Figueiredo, a parceria entre o MercaChefe.pt e os mercados abastecedores permite "acesso a ferramenta de venda disponível não só a quem está em casa e pode comprar todo o tipo de produtos, mas também a que quer vender, diversificando os seus canais".
Os produtos disponíveis para compra são os habituais, ou seja, produtos alimentares como frutas, legumes, congelados, peixe, produtos de mercearia seca, mas também não alimentares, como flores ou eletrodomésticos, sendo o prazo de entrega máximo de 48 horas em qualquer ponto de Portugal Continental.
Contudo, diz o presidente do MARL, atualmente o prazo efetivo de entrega é, de momento, menor de 24 horas.
Atualmente, devido ao surto da doença covid-19, há muitos operadores grossistas com quebra de vendas, sobretudo devido à suspensão do canal Horeca (destinado a estabelecimentos de hotelaria, restauração e cafetaria), pelo que a venda 'online' a particulares é um modo de tentar minorar o impacto.
O grupo SIMAB pertence à empresa pública Parpública e gere os mercados abastecedores das regiões de Lisboa, Braga, Évora e Faro, onde operam atualmente cerca de 1.500 empresas, de pequenos produtores a grossistas e médias e grandes empresas nacionais e multinacionais.
O Mercachefe.pt é uma plataforma de comércio eletrónico criada e gerida pela 'startup' portuguesa Buying.pt.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 112 mil mortos e infetou mais de 1,8 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Dos casos de infeção, quase 375 mil são considerados curados.
Em Portugal, segundo o balanço feito no domingo pela Direção-Geral da Saúde, registam-se 504 mortos, mais 34 do que no sábado (+7,2%), e 16.585 casos de infeção confirmados, o que representa um aumento de 598 (+3,7%).
Dos infetados, 1.177 estão internados, 228 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 277 doentes que já recuperaram.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril.