Segundo o documento hoje divulgado pelo FMI, a recessão espanhola deverá ser equivalente à portuguesa, situando-se a queda do Produto Interno Bruto (PIB) nos 8,0% em 2020, recuperando depois para os 4,3% em 2021 (abaixo da projeção para Portugal, de 5,0%).
Já a taxa de desemprego espanhola deverá subir dos 14,1% registados em 2019 para os 20,8% em 2020, abrandando depois para os 17,5% em 2021, de acordo com as perspetivas do FMI.
Ao nível de preços, Espanha, que é o maior parceiro económico de Portugal, deverá registar uma deflação de 0,3% em 2020, que será invertida para uma inflação de 0,7% em 2021, de acordo com as projeções da instituição internacional sediada em Washington.
A economia da zona euro deverá ter uma recessão de 7,5% este ano, de acordo com o FMI, recuperando depois para um crescimento de 4,7%, e a taxa de desemprego agregada dos 19 países deverá subir dos 7,6% para os 10,4%, descendo depois para os 8,9% em 2021.
O FMI prevê que a economia mundial tenha uma recessão de 3% em 2020, fruto do apelidado "Grande Confinamento" devido à pandemia de covid-19, segundo o documento hoje divulgado.
Espanha registou, nas últimas 24 horas, 567 mortes devido ao novo coronavírus, um aumento em relação aos 517 de segunda-feira, havendo até agora um total de 18.056 óbitos, segundo as autoridades sanitárias.
De acordo com o Ministério da Saúde espanhol, há 3.045 novos infetados, um número que volta a baixar e que é o mais baixo das últimas semanas, sendo agora o total de pessoas que contraíram a doença de 172.541.
As autoridades de Saúde alertam para o que chamam "efeito de fim-de-semana", que leva alguns casos verificados no sábado e no domingo a serem comunicados com atraso, sublinhando que estes números não põem em causa a "tendência descendente iniciada".