Covid-19: António Guterres denuncia "perigosa epidemia de desinformação"
A pandemia de covid-19 provoca uma "perigosa epidemia de desinformação", considerou hoje o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, num comunicado no qual não aponta qualquer país ou meio de comunicação em concreto.
© Reuters
Mundo Covid-19
António Guterres lamentou que, num momento que deveria pertencer "à ciência e à solidariedade", se espalhem conselhos prejudiciais à saúde, que as "mentiras se espalhem no ar", que as "teorias da conspiração poluam a internet" e que o "ódio se torne viral, estigmatizando pessoas e grupos".
"O mundo deve unir-se também contra esta doença", apelou o secretário-geral da ONU, defendendo que "a vacina é a confiança" e que é necessário confiar na ciência.
Guterres saudou ainda "os jornalistas e todos aqueles que verificam os factos na montanha de histórias enganadoras e publicações nas redes sociais", acrescentando que as grandes empresas detentoras destas redes devem "fazer mais para eliminar o ódio e as afirmações nefastas relacionadas com a covid-19".
"Juntos rejeitaremos a mentira e a estupidez, para construir um mundo mais são, equitativo, justo e resiliente", concluiu António Guterres no comunicado, que foi também difundido em vídeo.
As the world fights #COVID19, we are also fighting an epidemic of harmful falsehoods & lies.I'm announcing a new @UN Communications Response initiative to spread facts & science, countering the scourge of misinformation - a poison putting more lives at risk. pic.twitter.com/3S8KZDjbcb
— António Guterres (@antonioguterres) April 14, 2020
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 120 mil mortos e infetou mais de 1,9 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Dos casos de infeção, cerca de 402 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registam-se 567 mortos, mais 32 do que na segunda-feira (+6,%), e 17.448 casos de infeção confirmados, o que representa um aumento de 514 (+3%).
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