Sindicato da hotelaria denúncia despedimentos e falta de salários

O sindicato da hotelaria do norte denunciou hoje que continua a receber diariamente queixas de despedimentos ilegais ou de não pagamento dos salários de março a trabalhadores, pedindo a intervenção da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT).

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Lusa
15/04/2020 21:07 ‧ 15/04/2020 por Lusa

Economia

Hotéis

Segundo um comunicado do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Hotelaria, Turismo, Restauração e Similares do Norte, há centenas de trabalhadores naquela região que não receberam o salários de março.

"Todos os dias chegam ao sindicato denúncias de trabalhadores que foram despedidos ou não receberam o salário de março, embora tenham trabalhado metade do mês e muitos deles tenham sido mandados para casa sem qualquer explicação", disse à agência Lusa Nuno Coelho, dirigente do sindicato.

O sindicalista referiu que foi pedida a intervenção da ACT para os casos recebidos hoje.

"Todos os dias recebemos novas denúncias que enviamos para a ACT e protestamos junto das empresas, mas não temos tidos respostas", afirmou Nuno Coelho.

Entre as queixas hoje recebidas pelo sindicato da hotelaria do norte está o caso da GNGRH, empresa de trabalho temporário Grupo Norte, que fornece trabalhadores para vários restaurantes, e que despediu cerca de 30 trabalhadores sem lhes pagar tudo a que têm direito.

A Cervejaria Sagres, de Braga, não pagou o salário de março aos seus 18 trabalhadores, tal como a pizaria Papilloni, na mesma cidade, não pagou aos seus oito empregados, e a Taberna Inglesa, aos seus cinco trabalhadores, segundo o sindicato.             

Da lista apresentada pelo sindicato consta ainda, no Porto, a Confeitaria Concha de Ouro que não pagou o salário de março aos seus 15 trabalhadores, tal como o restaurante Bacalhoeiros também não pagou aos seus 12 trabalhadores e o Hotel Boavista Class Inn não pagou a seis trabalhadores.

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