Os dados apurados até ao momento dão conta de uma "forte redução da atividade económica" em março, como efeito da pandemia da Covid-19 em Portugal. Os dados divulgados, esta segunda-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que tanto a confiança dos consumidores como a das empresas reduziu-se no mês em que a Covid-19 começou a dar os primeiros sinais em território nacional.
"O indicador de confiança dos consumidores registou uma redução significativa face ao mês anterior, a maior desde setembro de 2012 e atingindo o valor mínimo desde fevereiro de 2016. Todos os indicadores de confiança das empresas diminuíram em março, assinalando-se em particular as fortes reduções no Comércio e nos Serviços", pode ler-se no relatório do INE.
Sobre o desemprego, recorda o INE que as estimativas provisórias mensais do Inquérito ao Emprego revelam que a taxa de desemprego, ajustada de sazonalidade, fixou-se em 6,5% em fevereiro, 0,2 pontos percentuais inferior ao valor definitivo registado nos três meses anteriores (valor idêntico no mesmo período do ano anterior).
Já a informação sobre o desemprego registado pelo IEFP, entretanto divulgada para março e para a primeira quinzena de abril, aponta no entanto para um crescimento expressivo do desemprego.
Em abril (semana de 6 a 10), o Inquérito Rápido e Excecional às Empresas, promovido conjuntamente pelo INE e Banco de Portugal, indicou nas empresas respondentes uma forte redução do volume de negócios e uma diminuição do pessoal ao serviço, nomeadamente através do recurso ao regime de lay-off simplificado, salientando-se, entre as diversas atividades, o impacto negativo da crise pandémica no alojamento e restauração.