Galp suspende atividade na refinaria de Sines a partir de 4 de maio

A Galp vai suspender a atividade na refinaria de Sines a partir de 04 de maio e durante cerca de um mês, por impossibilidade de escoamento "dos produtos produzidos", na sequência da pandemia, confirmou hoje fonte da empresa.

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© Reuters

Lusa
20/04/2020 22:07 ‧ 20/04/2020 por Lusa

Economia

Covid-19

 

"Será necessário estender as medidas de ajustamento no funcionamento da refinaria de Sines [distrito de Setúbal], suspendendo temporariamente a operação da generalidade dessas instalações a partir de 04 de maio de 2020, por um período expectável de um mês", confirmou hoje à agência Lusa fonte oficial da empresa.

A Galp justifica a decisão com a "evolução da conjuntura nacional e internacional decorrente da prorrogação do estado de emergência", decretado por causa da pandemia da doença provocada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), que impôs "medidas extremas de contenção, quarentenas cada vez mais restritivas e a paralisação da maioria das atividades económicas".

Estas medidas criaram "restrições operacionais severas", que levaram a "interrupções na cadeia de abastecimento, em particular por não ser possível escoar os produtos produzidos", adianta.

A empresa recorda que este "ajustamento planeado" também já levou à suspensão da atividade na refinaria de Matosinhos, distrito do Porto.

A notícia de que a maior refinaria do país iria suspender o funcionamento foi avançada hoje pelo Observador.

A Galp garante ainda que esta paragem "não terá impacto nas pessoas afetas à refinaria da Galp" e que está "assegurado o abastecimento das necessidades de mercado".

A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 167 mil mortos e infetou mais de 2,4 milhões de pessoas em 193 países e territórios. 

Mais de 537 mil doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 735 pessoas das 20.863 registadas como infetadas, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

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