António Costa, que falava no debate preparatório do Conselho Europeu na Assembleia da República, respondia a questões colocadas pelos deputados Pedro Filipe Soares (BE) e de Cecília Meireles (CDS) sobre como e quando vai apresentar o plano de recuperação da economia portuguesa após o pico da crise de saúde provocada pelo novo coronavírus.
"Não podemos ficar à espera ilimitadamente, mas temos de saber com que armas contamos. Como tenho dito, vamos precisar de saber se o programa de recuperação nos disponibiliza uma fisga ou uma bazuca, em função de com a fisga ou com a bazuca termos um poder de fogo distinto no nosso programa recuperação", disse o primeiro-ministro.
António Costa assegurou, contudo, que o programa português incidirá "no reforço da capacidade produtiva" e obedecerá às "prioridades estratégicas definidas": a transição digital e o combate às alterações climáticas.
O primeiro-ministro admitiu, no entanto, que no Conselho Europeu de quinta-feira "seguramente" não haverá "uma decisão final que não seja mandatar a Comissão Europeia para que, com força determinação e urgência apresente e trabalhe num programa de reconstrução".