CTP de acordo com medidas de "risco controlado" para saída de emergência

A Confederação do Turismo de Portugal (CTP) está de acordo com as medidas anunciadas no plano de transição de Portugal do estado de emergência para o estado de calamidade, considerando que se enquadram no "chamado risco controlado".

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Lusa
02/05/2020 12:59 ‧ 02/05/2020 por Lusa

Economia

Covid-19

 

O Conselho de Ministros aprovou na quinta-feira as medidas do plano que prevê a saída de Portugal do estado de emergência, que cessa hoje, para o estado de calamidade, que contemplam passos para a reabertura da atividade económica e social do país.

Em declarações à Lusa, o presidente da CTP, Francisco Calheiros, considera que a posição assumida pelo primeiro-ministro é "conservadora", dando passos "seguros" para esta abertura à economia no próximo dia 04 de maio, como, por exemplo, são "as normas de higienização muito concretas nas empresas", aliadas a uma série de garantias, como "a capacidade do Sistema Nacional de Saúde".

"É o chamado risco controlado", afirmou o responsável da confederação, que representa um dos setores económicos mais afetados pela covid-19.

"A grande questão é como é que balanceamos a economia com a saúde. Isto é que é fundamental. (...) Há aqui um 'balance' [saldo] entre saúde pública e economia que tem que ser muito bem balanceado. Acho que foi nesse sentido que o primeiro-ministro tomou estas decisões, sendo que dia 14 o Governo fará uma reavaliação para ver como é que correu e decidir se dia 18 se pode abrir então, mais um bocado, ou se haverá necessidade de algum retrocesso. Do ponto de vista da CTP estamos de acordo", afirmou Francisco Calheiros.

Lembrando que inicialmente se pensaria que por "esta altura já se estivesse mais avançados no conhecimento deste vírus", e que passados "dois meses não se sabe nada", o responsável diz que "todas as cautelas não são poucas", no sentido de não permitir que a pandemia "se prolongue mais em Portugal".

Na quinta-feira, o primeiro-ministro, António Costa lembrou, na conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros, que face à pandemia de covid-19, "tendo havido uma paralisia nas viagens à escala mundial, não há turistas que venham de fora, e estando as pessoas confinadas em casa, não vão seguramente para os hotéis".

"Havendo muita gente com medo de se encontrar e havendo o conselho para o afastamento das pessoas, é natural que as pessoas não se concentrem nos hotéis", acrescentou, lembrando que o Governo não tomou "nenhuma medida para encerrar a indústria hoteleira", por exemplo.

Entre as medidas previstas para a retoma do setor, o Turismo de Portugal vai atribuir o selo "Clean & Safe" a empreendimentos turísticos, empresas de animação turística e agências de viagem, um reconhecimento que exige às empresas um protocolo interno de higienização para evitar riscos de contágio.

"Este reconhecimento tem a validade de um ano, é gratuito e opcional, e exige a implementação nas empresas de um protocolo interno que, de acordo com as recomendações da Direção-Geral da Saúde, assegura a higienização necessária para evitar riscos de contágio e garante os procedimentos seguros para o funcionamento das atividades turísticas", explicou o Turismo de Portugal em comunicado em 24 de abril.

O selo "Clean & Safe" pode ser obtido 'online' nas plataformas digitais do Turismo de Portugal, tendo as empresas de submeter uma Declaração de Compromisso.

De futuro, serão realizadas auditorias aleatórias aos estabelecimentos que adiram à iniciativa.

Ainda na quinta-feira, o primeiro-ministro, António Costa, disse que a hotelaria não vai poder abrir com todos os serviços disponíveis, como os 'spas', e que o Governo trabalha com o setor para regular a atividade em contexto de covid-19.

O primeiro-ministro acrescentou que, relativamente a outros serviços hoteleiros, "depende", dando o exemplo de que "porventura o serviço de refeições vai ter de ser distinto do que existia habitualmente".

"É esse trabalho que estamos a fazer com a indústria da hotelaria para encontrar quais são as melhores regras, para que não só os hotéis possam ter a confiança que vão ter clientes, de que justifica abrir, mas também para os clientes terem a confiança de que podem ir com risco controlado para qualquer hotel", sustentou o chefe do Governo.

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