Covid-19: Expo 2020 no Dubai adiada um ano

A Exposição Universal (Expo) 2020, no Dubai, vai ser adiada um ano, devido à pandemia de covid-19, anunciou hoje a organização, depois de a decisão ter obtido aprovação pela maioria dos países membros.

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© Reuters

Lusa
04/05/2020 10:34 ‧ 04/05/2020 por Lusa

Economia

Covid-19

"O adiamento da Expo 2020 Dubai para 01 de outubro de 2021 - 31 de março de 2022 será formalmente aprovado pelo Gabinete da Exposição Internacional (BIE, na sigla inglesa)), tendo a resolução obtido até ao momento o limite necessário de dois terços", anunciou o organismo, num comunicado enviado à imprensa.

De acordo com a agência de notícias France-Presse (AFP), o BIE recomendou o adiamento no final de abril, mas submeteu a decisão à votação dos seus países membros, que têm até 29 de maio para se pronunciarem.

Devido à pandemia, os Emirados Árabes Unidos solicitaram oficialmente, no início de abril, que a Expo fosse adiada por um ano.

O Dubai contava com a feira internacional para atrair cerca de 25 milhões de turistas e estimular a sua economia, que é fortemente dependente do comércio, do turismo e do setor imobiliário, setores que sofreram os efeitos das restrições impostas para conter a propagação de covid-19.

Naquele território estão também milhões de trabalhadores estrangeiros, alguns dos quais desempregados ou não remunerados devido à epidemia do novo coronavírus e às dificuldades económicas.

Até agora, os Emirados Árabes Unidos registaram oficialmente mais de 14.000 casos de infeção e 126 mortes.

A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 245 mil mortos e infetou mais de 3,4 milhões de pessoas em 195 países e territórios. 

Mais de um milhão de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.043 pessoas das 25.282 confirmadas como infetadas, e há 1.689 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.

 

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