As estimativas provisórias do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que a taxa de desemprego terá subido ligeiramente para 6,3% em abril, depois de se ter cifrado em 6,2% no mês de março, segundo os dados divulgados esta terça-feira. Ainda assim, a população inativa aumentou.
"Em março de 2020, a taxa de desemprego situou-se em 6,2%, valor inferior ao do mês anterior em 0,2 pontos percentuais (p.p.), em 0,5 p.p. ao de três meses antes e em 0,3 p.p. ao do mesmo mês de 2019. (...) Em abril de 2020, a estimativa provisória da taxa de desemprego situou-se em 6,3%, tendo aumentado 0,1 p.p. em relação ao mês anterior", pode ler-se no relatório do INE.
Em abril de 2020, a população desempregada – cuja estimativa provisória foi de 319,4 mil pessoas – registou um acréscimo de 0,7% (2,2 mil pessoas) em relação ao mês anterior e um decréscimo de 9,3% (32,6 mil) relativamente a três meses antes e de 6,3% (21,5 mil) por comparação com o período homólogo de 2019, segundo o INE.
Quanto à população empregada, que correspondeu a 4.754,3 mil pessoas, registou um decréscimo de 1,2% (58,1 mil) em relação ao mês anterior, de 2,1% (102,7 mil) relativamente a três meses antes (janeiro de 2020) e de 1,8% (84,7 mil) por comparação com o período homólogo.
A taxa de desemprego dos jovens foi estimada em 20,2%, a que corresponde um aumento de 1,9 pontos percentuais relativamente à taxa de março de 2019. Já a taxa de desemprego dos adultos foi estimada em 5,3%, igual à do mês anterior.
Quanto ao mês de março, comparando com o mês precedente, a população desempregada diminuiu 14,4 mil pessoas (4,3%) e a população empregada diminuiu 26,2 mil pessoas (0,5%). Porém, a população ativa diminuiu 40,6 mil pessoas (0,8%) e a população inativa aumentou 39,5 mil pessoas (1,5%), o que "sugere a passagem de empregados e de desempregados para a situação de inatividade".
De acordo com o INE, a "informação deste Destaque é influenciada pela situação atual determinada pela pandemia Covid-19", tanto na obtenção da informação, como nas "alterações comportamentais decorrentes das medidas de salvaguarda da saúde pública adotadas". Por isso, o INE alerta para o "especial cuidado a ter na análise das estimativas provisórias apresentadas".
Os dados do INE revelam que nos primeiros três meses do ano a taxa de desemprego se tinha fixado em 6,7%, o mesmo valor que no trimestre anterior.