Suécia anuncia mais 566 milhões para testes e rastreio de contactos

O Governo da Suécia anunciou hoje que vai destinar 5,9 mil milhões de coroas (566 milhões de euros) adicionais para a realização de mais testes de diagnóstico e serológicos de covid-19 e rastreio de contactos dos infetados.

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© Getty Images

Lusa
04/06/2020 15:51 ‧ 04/06/2020 por Lusa

Economia

Coronavírus

O executivo sueco tinha fixado há duas semanas o objetivo de fazer 100.000 testes por semana, mas os números mostram que apenas se atingiu um terço dessa meta, segundo as autoridades regionais devido a problemas logísticos.

"Com esta aposta, asseguramos que haja recursos suficientes para apoiar as regiões no aumento da sua capacidade. Fica muito claro que é o governo a assumir o custo", disse o ministro das Finanças, Per Bolund, em conferência de imprensa.

Presente na mesma conferência, a ministra dos Assuntos Sociais, Lena Hallengren, afirmou que, com este plano, acabam-se "as confusões", sublinhando no entanto que início da campanha maciça de testes depende de cada região.

"Tivemos durante muito tempo uma tendência decrescente de casos. Agora estamos num planalto e devemos pensar no que fazer para o superar e reduzir ainda mais. Fazer mais testes e rastrear é uma possibilidade adequada", afirmou, noutra conferência de imprensa, o epidemiologista chefe da agência de saúde pública (FI), Anders Tegnell.

Este responsável, que desenhou a resposta da Suécia à pandemia, admitiu na quarta-feira que morreram demasiadas pessoas devido ao novo coronavírus e que podiam ter sido impostas mais restrições, apesar de ter dúvidas sobre quais seriam mais eficazes.

A estratégia sueca focou-se no isolamento de grupos de risco e no apelo à responsabilidade individual dos cidadãos, assente sobretudo em recomendações à população, não tendo sido ordenado o confinamento da população nem o encerramento de escolas, ginásios, restaurantes, cafés ou bares.

Até ao momento, o país regista 41.883 casos de infeção pelo novo coronavírus e 4.562 mortes associadas à covid-19, uma taxa de mortalidade muito superior à dos países vizinhos e à de países com a mesma população, como Portugal.

 

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