O executivo sueco tinha fixado há duas semanas o objetivo de fazer 100.000 testes por semana, mas os números mostram que apenas se atingiu um terço dessa meta, segundo as autoridades regionais devido a problemas logísticos.
"Com esta aposta, asseguramos que haja recursos suficientes para apoiar as regiões no aumento da sua capacidade. Fica muito claro que é o governo a assumir o custo", disse o ministro das Finanças, Per Bolund, em conferência de imprensa.
Presente na mesma conferência, a ministra dos Assuntos Sociais, Lena Hallengren, afirmou que, com este plano, acabam-se "as confusões", sublinhando no entanto que início da campanha maciça de testes depende de cada região.
"Tivemos durante muito tempo uma tendência decrescente de casos. Agora estamos num planalto e devemos pensar no que fazer para o superar e reduzir ainda mais. Fazer mais testes e rastrear é uma possibilidade adequada", afirmou, noutra conferência de imprensa, o epidemiologista chefe da agência de saúde pública (FI), Anders Tegnell.
Este responsável, que desenhou a resposta da Suécia à pandemia, admitiu na quarta-feira que morreram demasiadas pessoas devido ao novo coronavírus e que podiam ter sido impostas mais restrições, apesar de ter dúvidas sobre quais seriam mais eficazes.
A estratégia sueca focou-se no isolamento de grupos de risco e no apelo à responsabilidade individual dos cidadãos, assente sobretudo em recomendações à população, não tendo sido ordenado o confinamento da população nem o encerramento de escolas, ginásios, restaurantes, cafés ou bares.
Até ao momento, o país regista 41.883 casos de infeção pelo novo coronavírus e 4.562 mortes associadas à covid-19, uma taxa de mortalidade muito superior à dos países vizinhos e à de países com a mesma população, como Portugal.