Segundo a secretária-geral da Intersindical, Isabel Camarinha, esta foi a principal decisão do Conselho Nacional, que se reuniu pela primeira vez desde o congresso da central, que se realizou em 14 e 15 de fevereiro, devido aos constrangimentos impostos pelo combate à pandemia de covid-19.
A Semana Nacional de luta vai decorrer entre os dias 22 e 26 de junho, com plenários, concentrações, marchas, greves e tribunas públicas em todos os setores e regiões do país.
"O Conselho Nacional rejeitou a política de agravamento da exploração e empobrecimento, de cortes nos salários e atropelo dos direitos e assumiu o compromisso de levar a cabo uma ampla ação de esclarecimento, mobilização e luta, reforçando a unidade dos trabalhadores, a sua sindicalização e organização, dando mais força aos sindicatos, para garantir a valorização do trabalho e dos trabalhadores e respostas aos problemas do povo e do País", disse à agência Lusa Isabel Camarinha.
A semana de luta marcada é, assim, segundo a sindicalista, uma forma de "defender a saúde e os direitos dos trabalhadores, o emprego e os salários".
Na reunião de hoje, o Conselho Nacional (CN) da Inter fez uma análise da atual situação político-sindical e "defendeu que têm de ser dadas respostas efetivas aos problemas dos trabalhadores".
"O CN considerou que as medidas que deverão ser hoje tomadas pelo Governo têm que garantir a totalidade dos rendimentos dos trabalhadores, até para promover o consumo e a retoma económica", disse à Lusa a secretária-geral da Intersindical.
Os conselheiros reivindicaram ainda medidas que resolvam os principais problemas atualmente sentidos nos locais de trabalho, como a necessidade de transportes adequados, o respeito pelos horários e pelo direito a férias.
Foi também decidido que, no âmbito do 50.º aniversário da CGTP, a Interjovem realizará um piquenique em Lisboa no dia 4 de julho, sob o lema "50 anos de Juventude -- Contra a Precariedade e os Baixos Salários", que será "um momento de partilha, convívio, reivindicação e luta pelo trabalho com direitos".
Desta vez a reunião do CN não se realizou no auditório da sede da CGTP, como é habitual, e decorreu no salão da Voz do Operário para ser possível manter o distanciamento social entre os 147 elementos deste órgão.
No entanto, não estiveram presentes todos os elementos do Conselho Nacional por impossibilidades várias, nomeadamente os das regiões autónomas, tendo comparecido cerca de 80 sindicalistas.