A ANICP - Associação Nacional dos Industriais de Conservas de Peixe, lançou hoje, tal como a Lusa antecipou na sexta-feira, uma campanha de promoção das conservas portuguesas dirigida aos mercados nacional e internacional.
"Diversas contingências que ora afetam questões a montante como a disponibilidade da matéria-prima ou aspetos a jusante como as vicissitudes do mercado", disse o ministro, lembrando que "a última contingência, a da pandemia de covid-19, (foi) talvez a mais inesperada e com efeitos difíceis de avaliar ainda".
O ministro destacou também que se trata "aparentemente da única indústria com saldo positivo no atual contexto da balança comercial".
"A indústria conserveira soube ao longo dos anos modernizar-se", disse, destacando as fábricas modernas, com tecnologias de fabrico avançado.
"Se isso é importante para o mercado nacional, pois queremos dar o melhor aos nossos cidadãos, é também muito relevante na afirmação em mercados europeus e mundiais exigentes", disse o governante, referindo também que numerosas marcas estrangeiras apostaram também na indústria para produzir em seu nome.
A campanha hoje lançada, com o lema 'Vamos conservar o que é nosso', tem como propósito sensibilizar o público para os produtos da pesca e da aquicultura sustentáveis, "apresentando as conservas enquanto exemplo distintivo de tradição e excelência da indústria e superioridade do peixe".
A ANICP identificou o momento presente como uma oportunidade para reforçar a promoção das conservas portuguesas de peixe fabricadas em Portugal, tendo em conta a atual valorização dos alimentos em conserva e a forte atividade do setor, que exporta anualmente cerca de 70% da produção ao qual correspondem 43 mil toneladas e um valor 226 milhões de euros.
Entre as espécies mais exportadas estão em primeiro lugar o atum, seguido da cavala e da sardinha.
A fileira produz atualmente 62 mil toneladas, 30% das quais para o mercado nacional, e é responsável por 3.500 postos de trabalho diretos, 90% dos quais ocupados por mulheres.
Segundo o presidente da ANICP, José Maria Freitas, a campanha 'Vamos conservar o que é nosso' representa um investimento de perto de 700 mil euros, incluindo todas as iniciativas de comunicação e promoção, sendo financiada pelos Mar2020, Portugal2020 e União Europeia.
"É necessário diferenciar e valorizar as conservas portuguesas face à concorrência - produtos de baixa qualidade e mais baratos -, reposicionar as conservas portuguesas através de uma estratégia de valorização sustentada pela qualidade, a origem, a tradição, a praticidade na confeção, mas também enquanto produto saudável, e, sobretudo, criar um ecossistema de valorização das conservas portuguesas, visando agregar tradição, inovação e competitividade às marcas da indústria conserveira", declarou.