Os empresários e trabalhadores do setor dos bares e discotecas começam a ver uma luz ao fundo do túnel. De acordo com o jornal Público, o Governo deverá permitir a reabertura destes estabelecimentos, desde que cumpram as regras dos cafés. Esta reabertura será, no entanto, condicionada e com a proibição de que estes locais possam ser usufruídos pelos clientes enquanto espaços de dança e de convívio próximo.
Na quarta-feira, em resposta à questão colocada pelo Notícias ao Minuto, durante a habitual conferência de imprensa da Direção-Geral da Saúde, sobre se estava nos planos do Governo a retoma da normalidade para o setor dos bares e discotecas, a secretária de Estado Adjunta e da Saúde, Jamila Madeira, adiantou que a questão tem sido colocada em cima da mesa, que têm sido estudadas soluções e que a retoma económica ajustada ao 'novo normal' tem sido um dos objetivos do Governo.
"O que temos procurado é uma retoma das atividades económicas, no contexto deste novo normal e todas as semanas o Governo reavalia e reajusta tendo em conta a avaliação da situação epidemiológica e da evolução do número de casos e da avaliação da situação. [Esta quinta-feira] haverá novamente Conselho de Ministros, voltará a haver uma avaliação dessa situação. Esta sinalização das entidades ligadas aos bares e à vida noturna já foi apontada diversas vezes, tem sido acompanhada pelo Ministério da Saúde, da Economia e DGS, têm sido promovidos diálogos no sentido de encontrar soluções. Não consigo antecipar decisões do Conselho de Ministros, mas da nossa parte as entidades do setor podem ter a certeza que têm o máximo de preocupação, mas acomodando as energias para segurança de todos", disse Jamila Madeira.
E hoje, de acordo com a edição do Público, os bares e discotecas vão poder usar espaço exterior como esplanada e, quando esta exista, ocupar a pista de dança com mesas, respeitando as normas de distanciamento social impostas pela DGS.
Medidas que a confirmarem-se, significa o quebrar do "silêncio" da parte do Governo e de que na semana passada se queixaram os empresários de diversão noturna, que diziam sentirem-se "ignorados", devido ao facto de não terem qualquer indicação sobre a reabertura dos estabelecimentos do setor no contexto da pandemia de covid-19, e alertando para uma situação "deveras preocupante".