Covid-19: França estima impacto no turismo em cerca de 40 mil milhões

O governo francês admitiu hoje que a pandemia de covid-19 provocou perdas imediatas no setor do turismo de, pelo menos, 30.000 a 40.000 milhões de euros.

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Lusa
09/08/2020 11:05 ‧ 09/08/2020 por Lusa

Economia

Coronavírus

"Normalmente, o turismo gera 180.000 milhões de euros de receitas, dos quais 60.000 milhões são do turismo internacional. O impacto imediato da pandemia é de, pelo menos, 30 a 40.000 milhões", disse o secretário de Estado do Turismo, Jean-Baptiste Lemoyne, ao "Le journal du Dimanche".

No balanço do verão que fez ao jornal, o secretário de Estado lembrou que parte da clientela internacional "desapareceu" e que muitos operadores preveem uma queda de faturação de 20 a 25% até ao final do ano, embora comece a constatar um aumento progressivo de turistas holandeses, alemães, belgas e suíços.

Paris é uma das principais cidades afetadas pela ausência de chineses, russos e norte americanos devido ao encerramento das fronteiras.

"Um em cada dois hotéis está encerrado e o Louvre recebe 10.000 visitantes por dia, em vez de 50.000, mas espero que a retoma, a partir de 01 de setembro, das grandes feiras e salões profissionais, permitam à capital voltar a ligar um dos seus motores económicos", concluiu.

A pandemia de covid-19 já provocou cerca de 722 mil mortos e infetou mais de 19,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

As medidas para combater a pandemia paralisaram setores inteiros da economia mundial e levaram o Fundo Monetário Internacional (FMI) a fazer previsões sem precedentes nos seus quase 75 anos: a economia mundial poderá cair 4,9% em 2020, arrastada por uma contração de 8% nos Estados Unidos, de 10,2% na zona euro e de 5,8% no Japão.

 

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